51º Congresso Brasileiro de Geologia

Dados da Submissão


Título

O USO DA MODELAGEM ANALÓGICA COMO FERRAMENTA DIDÁTICA NAS AULAS DE GEOLOGIA GERAL

Texto do resumo

A teoria da Tectônica de Placas é uma explicação fundamental na Geologia que descreve o movimento e a interação das grandes placas rígidas que compõem a litosfera terrestre. Conhecendo os três principais tipos de limites entre essas placas (divergente, convergente e transformante) e os ambientes resultantes (formação de crosta oceânica e continental, cadeias de montanhas, etc.), percebe-se a importância desse conteúdo na compreensão dos processos da Dinâmica Interna da Terra. Diante disso, baseando-se em pesquisas prévias, muitos estudantes enfrentam desafios ao compreender os processos geológicos devido à sua complexidade temporal e espacial. Portanto, para fornecer mais ferramentas que facilitem o aprendizado dos alunos, este trabalho propõe o uso da Modelagem Analógica como uma alternativa didática viável para aplicação em sala de aula. Os modelos analógicos são recursos educacionais essenciais, que permitem a visualização, em uma escala reduzida de tamanho e tempo, das estruturas geológicas e seus respectivos mecanismos de deformação, além de simularem diversos processos tectônicos (locais e regionais), os quais na natureza não são passíveis de observação contínua. Para o desenvolvimento desta pesquisa, foram utilizados principalmente os resultados de questionários aplicados aos alunos da disciplina Geologia Geral, uma compilação bibliográfica e o desenvolvimento de modelos analógicos. O questionário aplicado aos discentes visou identificar suas dificuldades com o conteúdo, enquanto a compilação bibliográfica abordou a Teoria da Tectônica de Placas, incluindo os tipos e características dos limites de placas e estruturas associadas. Os modelos analógicos foram baseados na "Teoria da Similaridade", mantendo os critérios de semelhança entre o modelo e o protótipo para investigações geológicas. Os mesmos foram construídos em caixas de acrílico, com dimensão de 20 cm x 20cm, de espessura e incremento deformacional variável, usando areia para simular o comportamento das rochas da crosta superior rúptil. O esforço compressional/extensional/cisalhante foi gerado por um motor elétrico que movimentava a parede móvel com uma velocidade de 2,3 cm/h, preso a uma descontinuidade basal, colocado na base do experimento. Os resultados apresentaram feições tectônicas equivalentes ao regime deformacional associado. Nos modelos que simularam forças compressivas, houveram espessamento basal e formação de dobras associadas a falhas, que nuclearam de baixo para cima. Nos modelos envolvendo esforços distensivos, observou-se a formação de riftes com aparecimento de falhas normais. E, finalmente, nos modelos submetidos à esforços cisalhantes, formaram estruturas do tipo Riedel. Diante dos resultados, pretende-se reproduzir tais experimentos com os alunos nas aulas práticas de Geologia Geral, visto que os modelos analógicos mostraram ser uma ferramenta visual didática nas aulas envolvendo a temática Tectônica de Placas, desde os regimes deformacionais à estruturas associadas.

Palavras Chave

Modelos analógicos; Tectônica de Placas; Geologia Geral

Área

TEMA 17 - Tectônica e Evolução Geodinâmica

Autores/Proponentes

Lídia Oliveira Santos , Gustavo Junio Paula, Igor Castelo Branco Carvalho , Marcela Lopes Zanon, Carla Hemillay Santos