Dados da Submissão

Título

ESTUDOS PRELIMINARES DE GRAVIMETRIA E TRAMA MAGNÉTICA DO CORPO INTRUSIVO CÓRRECO SEGO (CS), FAIXA BRASÍLIA

Texto do resumo

O plúton Corrego Seco (CS) está situado no Arco Magmatico Arenópolis, localizado na porção sul da Faixa Brasília (FB). É um corpo intrusivo semi-circular (30 km²) que intrude rochas da Sequência Metavulcanossedimentar Anicuns-Itaberaí e o metagranito Sanclerlândia de idade toniana. Próximo ao contato, a foliação magmática apresenta ângulos de mergulho moderados, que tem direção de mergulho em direção ao centro da intrusão. Exibe zoneamento concênctrico inverso com nucleo máfico (gabro/norítico) gradando para bordas de composição quartzo-diorítica com variação textural de média a grossa. Além disso, estudos realizados na região através de dados isotópicos e mapeamento geológico, indicam que o CS (Ediacarano) tem colocação tardia e pode apresentar cristalização a partir de magmas mais evoluídos provenientes do evento tectônico final de colisão do orógeno Brasília. Modelagem direta 2D de dados gravimétricos e Anisotropia de Susceptibilidade Magnética (ASM) foram combinadas para determinar os mecanismos de alojamento do CS e sua cronologia em relação à estrutura de colisão da Faixa brasília. O método gravimétrico foi aplicado a partir da modelagem direta 2-D, com objetivo de interpretar a geometria de profundidade do CS. O levantamento gravimétrico resultou em 72 estações com a utilização de um gravímetro terrestre, Scintrex CG-5 Autograv. Para a ASM foram medidos um total de 502 discos de 2 cm distrbuídos em 28 sítios em todo corpo. A susceptibilidade magnética é bastante variável (média de 4.72x10-² SI) e as curvas termomagnéticas indicam que a magnetita é a principal portadora da anisotropia. Possui um alto grau de anisotropia variando de 1.012 a 1.502. O parâmetro de forma média da anisotropia, definido como a razão entre os eixos maior e menor do elipsoide de ASM varia, com os elipsoides oblatos sendo majoritaiamente mais abundantes do que os prolatos. Os dados de foliação e lineação magnéticas se apresenta com padrões concêntricos de tramas magnéticas que cortam a foliação regional de tendência N-S. Medidas de loops de histerese indicam que tais magnetitas têm estrutura de domínios múltiplos, i.e. são cristais maiores do que 1 μm e tem sua anisotropia de susceptibilidade controlada pela forma externa dos grãos. Os dados gravimétricos obtidos com o levantamento de campo refletem as distribuições inversamente zoneadas, de gradação das bordas ao núcleo. Os dados sugerem que a colocação foi controlada pelas forças de flutuabilidade do magma, isenta de esforços tectônicos. Portanto, os dados indicam que o plúton é pós-colisional, configurando uma intrusão associada à fase extensional da faixa Brasília.

Palavras Chave

CÓRREGO SECO; GRAVIMETRIA; Trama Magnética; FAIXA BRASÍLIA