51º Congresso Brasileiro de Geologia

Dados da Submissão


Título

MAPEAMENTO E PETROGRAFIA DO GRANITO SÃO GERALDO E DO GRANITO DOS COELHOS ASSOCIADOS AO COMPLEXO MONTE CARMELO, PATROCÍNIO-MG

Texto do resumo

O Complexo Monte Carmelo é uma manifestação geológica proeminente situada na Província Estrutural do Tocantins, especificamente delimitada na zona interna do setor meridional da Faixa de Dobramentos Brasília. Este complexo, reconhecido pela sua extensão e relevância geológica, é intrusivo, estendendo-se geograficamente entre os municípios de Monte Carmelo, Abadia dos Dourados e Coromandel. Do ponto de vista litológico, o Complexo Monte Carmelo apresenta uma diversidade de litotipos predominantemente compostos por tonalitos, granodioritos, monzogranitos e sienogranitos. Estes materiais geológicos exibem variada gama de tonalidades, de cinza esbranquiçado a amarelado, e são essencialmente constituídos por minerais como quartzo, ortoclásio, plagioclásio, biotita, titanita, apatita, epidoto e sericita. Adicionalmente, o corpo granítico exibe alternância entre assinaturas metaluminosas (Tipo – I) e peraluminosas (Tipo – S), evidenciando um contexto sin-colisional. Tais características se desenvolveram predominantemente em zonas de cisalhamento com uma direção preferencial para NW. Visto isso, o objetivo desta pesquisa é caracterizar detalhadamente os corpos granítico a sudoeste do Complexo Monte Carmelo, denominados neste trabalho como Granito São Geraldo e dos Coelhos, e entender a relação genética entre esses corpos. A metodologia se baseia em três fases distintas: pré-campo, campo e pós-campo. Cada uma desempenhou um papel crucial na realização dos objetivos propostos. A etapa pré-campo envolveu o levantamento de bibliografia, coleta e tratamento de dados, incluindo fotointerpretação para geração de mapas preliminares. A fase de campo consistiu na descrição do granito, com o apoio de ferramentas como GPS, para a delimitação e coleta de amostras. Por fim, na etapa pós-campo, houve a integração dos dados coletados para a interpretação geológica da área, com a separação de fácies e classificação das rochas ígneas, usando como auxílio a petrografia. Desse modo, a partir do mapeamento e petrografia dos Granitos São Geraldo e dos Coelhos, por relações texturais, estruturais e mineralógicas, foram definidas cinco fácies distintas, que possibilitaram o entendimento da gênese destas rochas. O Granito São Geraldo é constituído por três fácies: fácies Biotita Monzogranito de granulação fina, fácies Biotita Monzogranito equigranular e fácies Biotita Monzogranito de granulação grossa. O Granito dos Coelhos também exibe duas fácies distintas: Biotita Monzogranito equigranular e Hornblenda Monzogranito com biotita inequigranular. É possível traçar uma idade mais antiga e evolução pouco diferenciada para o Granito dos Coelhos, enquanto no Granito São Geraldo, comparativamente, as rochas são mais evoluídas, submetidas a maiores eventos de diferenciação, consequentemente sendo provavelmente mais novas. Ademais, a falta de minerais aluminosos e presença de hornblenda + biotita, sugerem que essas rochas se formaram a partir de regiões mais profundas e não experimentaram envolvimento com rochas sedimentares/ metassedimentares, classificando-se como granitos do Tipo - I.

Palavras Chave

Complexo Monte Carmelo; Granitogênese; Petrografia.

Área

TEMA 19 - Magmatismo e Processos Petrogenéticos

Autores/Proponentes

João Pedro Ribeiro Gomes, Otávio Vieira, Amanda Silva, Isabella Dalbelo