Dados da Submissão

Título

QUEDAS D’ÁGUA ESTRUTURADAS PELAS ROCHAS DO GRUPO SERRA GERAL: POTENCIAL GEOTURÍSTICO NO RIO GRANDE DO SUL

Texto do resumo

O geoturismo é uma forma de turismo sustentável que busca a valorização dos recursos naturais e culturais de uma região, alinhando estratégias de geoconservação por meio de experiências de visitação de lazer e educativas. Diversos atrativos naturais apresentam uma conexão direta com aspectos geológicos e geomorfológicos, entre eles destacam-se as quedas d’água (cascatas e cachoeiras), como elementos de notável interesse. O estudo tem como objetivo a catalogação e caracterização das quedas d’água estruturadas pelas rochas do Grupo Serra Geral no Rio Grande do Sul, promovendo a valorização e conservação da geodiversidade e paisagens locais. O Grupo Serra Geral (GSG, 132-134 Ma), pertence a uma grande província ígnea, sendo formada por sucessões de derrames basálticos e, subordinadamente, ácidos e rochas intrusivas associadas, sobrepostos aos arenitos da Formação Botucatu. Os derrames com diversas feições singulares estratigráficas, magmáticas, estruturais e erosivas definem a topografia e se expõem em belíssimas cascatas e cachoeiras. A área de sua ocorrência no estado do Rio Grande do Sul foi subdividida, para fins de inventário das quedas d’água, em setores geográficos (mesorregiões). Para cada região, duas quedas d’água foram selecionadas e caracterizadas, conforme o potencial turístico e didático, assim como a sua importância em relação ao geopatrimônio regional e nacional. Na região Nordeste, estão localizadas a Cascata do Caracol, em Canela, e a Cachoeira do Rio Bello, em Caxias do Sul. No Noroeste, encontram-se a Cascata da Paixão, em Frederico Westphalen, e o Saltinho, em Salto do Jacuí. Já no Centro-Oeste, foram selecionadas a Cascata Véu de Noiva, em Nova Esperança do Sul, e a Cascata Boa Esperança, em Mata. Na região Centro-Leste, a Cascata do Trovão, em Canudos do Vale, e a Cascata Rasga Diabo, em Vespasiano Corrêa. Na área Metropolitana de Porto Alegre, destacam-se a Cascata do Chuvisqueiro, em Riozinho, e a Cascata das Andorinhas, em Rolante. A geodiversidade das quedas d’água selecionadas é evidenciada na morfologia (contato entre litologias e divisões internas das lavas), porte da queda d’água, estruturas (estratificações nos arenitos e estruturação interna dos derrames – disjunções colunares, fraturas e vesículas), por fim na biodiversidade local e histórico cultural. O estado possui um potencial geoturístico excepcional relacionado às suas quedas d’água. Esses recursos naturais, além de serem belíssimos atrativos paisagísticos, apresentam formações geológicas e geomorfológicas únicas, que oferecem oportunidades para experiências turísticas e educativas, conectando os visitantes com a natureza e promovendo a conscientização sobre a importância da conservação ambiental.

Palavras Chave

Geoconservação; Geodiversidade; geopatrimônio; turismo geológico; cachoeiras.