Dados da Submissão

Título

GEOLOGIA DOS SATÉLITES GALILEANOS DE JÚPITER

Texto do resumo

Os satélites galileanos de Júpiter – Io, Europa, Ganimedes e Calisto – são objetos celestes únicos que oferecem uma interessante variedade de características e processos geológicos. Io é o satélite galileano mais próximo de Júpiter e é o objeto de mais intensa atividade vulcânica do Sistema Solar; Europa é um dos satélites mais intrigantes do sistema solar devido à possível presença de um oceano subterrâneo sob sua superfície gelada; Ganimedes é o maior satélite do Sistema Solar e sua superfície exibe uma mistura de crateras antigas e sulcos geológicos, sugerindo uma história de impactos e atividade geológica; por fim, Calisto é o satélite galileano mais distante de Júpiter e é caracterizado por sua superfície coberta de crateras. Sua topografia é principalmente plana e antiga, com poucos indícios de atividade geológica recente.
O estudo sobre a geologia de tais objetos é de grande importância científica devido ao seu potencial para melhorar nossa compreensão da evolução geológica de corpos celestes, dos processos planetários e do Sistema Solar como um todo. Em particular, Europa tem sido alvo de diversos estudos sobre habitabilidade e potencial biológico, por conta da existência de seus oceanos subsuperficiais.
Dessa forma, por serem objetos de estudo tão intrigantes, esses satélites já foram observados por diversas missões e sondas espaciais, tais como: Pioneer 10 e 11, Voyager 1 e 2, Galileo, New Horizons e Juno. Com isso, de forma análoga ao processamento e análise desse tipo de dado que são feitos para interpretação geológica da Terra, pode-se utilizar as imagens captadas pelas sondas espaciais para inferir características superficiais dos objetos visitados nessas missões. Essa análise pode ser feita de uma forma global, envolvendo diferentes aspectos geológicos dos satélites Galileanos ou pode-se buscar a análise de feições específicas e em locais específicos desses objetos.
A partir da interpretação dessas feições, pode-se confeccionar mapas e seções geológicas utilizando softwares como QGIS e similares, amplamente utilizados para a produção de mapas geológicos da Terra. Essa abordagem permite não apenas uma melhor compreensão da geologia do sistema joviano, mas também auxilia na identificação de locais de interesse para futuras explorações espaciais e missões científicas.
Este é um trabalho ainda em desenvolvimento e os resultados esperados incluem mapas detalhados das características geológicas de cada satélite, modelos teóricos para explicar sua evolução geológica e uma compreensão mais clara da dinâmica orbital desses objetos. Isso contribuirá para nosso conhecimento sobre a geologia planetária e a história do Sistema Solar, bem como nos preparar para os dados de futuras missões espaciais como a JUICE e a Europa Clipper que deverão produzir dados na próxima década.

Palavras Chave

Geologia Planetária; Satélites Galileanos; Mapeamento Geológico; Sondas Espaciais