Dados da Submissão

Título

PROJETO DE EXTENSÃO: PRESERVAÇÃO DA MINERALOGIA COMO DIVULGAÇÃO DA CIÊNCIA E MEMÓRIA DA ESCOLA DE MINAS

Texto do resumo

A Escola de Minas de Ouro Preto foi fundada em 1876 por Claude-Henri Gorceix, mineralogista e professor francês, a pedido de D. Pedro II para criar uma instituição que visava desenvolver os estudos geológicos, mineralógicos e metalúrgicos no Brasil. O local escolhido para a sede foi no antigo palácio do governador. Desde 1895, A Escola de Minas recebe doações de amostras minerais e, 100 anos depois, em 1995, o edifício se tornou um museu. O Museu de Ciência e Técnica da Escola de Minas (MCT-EM) possui um acervo centenário e extenso, contendo milhares de amostras. Entretanto, a maioria destas amostras foram classificadas e catalogadas durante três momentos diferentes entre os anos de 1970 e 1990. Devido ao grande avanço científico e tecnológico na área da mineralogia, a classificação mineral atual já se modificou muito em relação ao que era na época: novos minerais foram descobertos, outros se tornaram grupos de minerais, alguns nomes foram substituídos, entre outras alterações, assim, tornando a catalogação da época obsoleta. O MCT-EM atualmente apresenta vários desafios que se acumularam no decorrer do tempo, e que estamos lidando com eles no momento, como: carência no sistema de organização; falta de registro museológico correto e sistematização da catalogação; ausência de registros digitais e modernos; carência estrutural do prédio; e dificuldade na obtenção de financiamentos. Diante deste cenário, este projeto de extensão visa organizar, recatalogar e digitalizar todo o acervo de mineralogia e gemologia do MCT-EM, contido nos setores de Mineralogia I, II e reserva técnica; promover uma maior interação entre estudantes, professores, pesquisadores e a comunidade através da doação de kits de minerais e exposições temporárias, com o objetivo de divulgar e popularizar a ciência; futuramente disponibilizar o arquivo digital das amostras para consultas e pesquisas através de softwares adequados. O primeiro passo foi um levantamento da situação das fichas dos minerais da coleção e das condições físicas do acervo; em seguida, criamos uma planilha para o registro das informações contidas nas fichas e outros dados complementares extraídos por meio de pesquisas bibliográficas em fontes idôneas. Logo após, recolhemos todas as fichas encontradas, juntamos e organizamos em um só local. Dessa forma, iniciou-se a etapa de pesquisa dos novos registros: as fichas em papel começaram a ser escaneadas e conservadas como arquivo histórico e as informações foram transcritas para a nova planilha digital de catalogação. Em sequência, criamos uma nova numeração única para cada amostra, registrando-a no próprio mineral e também em sua placa de identificação feita em acrílico. No momento, estamos verificando estado de conservação e medindo dimensões e peso de cada amostra, além de fotografá-las em diferentes ângulos utilizando equipamento profissional, destacando aparência, tamanho e nova numeração. Em paralelo, estamos atualizando o banco de dados com os novos registros e corrigindo qualquer informação conflitante. Futuramente, serão feitas análises mais elaboradas para confirmar precisamente que mineral a amostra contém e, possivelmente, descobrir novos minerais durante o processo. Além disso, após a completude de dados das amostras, subiremos as informações para um software museológico e disponibilizaremos o acervo online, produziremos kits de doação para visitantes e escolas e organizaremos exposições temporárias temáticas sobre mineralogia e gemologia.

Palavras Chave

museu; mineralogia; extensão; acervo; minerais