Dados da Submissão

Título

POTENCIAL DAS ROCHAS DA BACIA DOS PARECIS NA REGIÃO DE TANGARÁ DA SERRA - MT COMO RESERVATÓRIO PARA O ARMAZENAMENTO GEOLÓGICO DE CO2.

Texto do resumo

A dependência do crescimento econômico contínuo impulsionou a industrialização e o aumento das emissões de gases de efeito estufa, resultando em mudanças climáticas e riscos socioeconômicos. A luta contra o aquecimento global envolve a redução das emissões de gases de efeito estufa e o uso de tecnologias de remoção de CO2 da atmosfera. O Brasil tem altas emissões per capita, destacando a necessidade destas ações e o sequestro geológico de CO2, é uma solução em vista. Este estudo busca identificar reservatórios para o armazenamento geológico de CO2 na região de Tangará da Serra - MT ao longo de sequências vulcano-sedimentares do Mesozoico, considerando porosidade, permeabilidade e composição química dessas rochas. A pesquisa avaliou o potencial das rochas ígneas a partir da mineralização de carbonatos e também, a adequação das rochas sedimentares para o armazenamento em aquíferos salinos. Com analises petrográficas e ensaios de porosidade pelo metodo jPOR. Para as rochas da Bacia dos Parecis as porosidades variam de 0,01 – 21%, sendo maiores nos arenitos da Formação Rio Ávila. A análise das rochas na Bacia dos Parecis revela um potencial significativo para o sequestro geológico de CO2, mas também desafios complexos. A Formação Tapirapuã destaca-se como um possível reservatório, com alta porosidade e concentrações favoráveis para a carbonatação mineral como a presença de cátions divalentes. No entanto, desafios como o baixo pH das águas subterrâneas e a escassez de recursos hídricos durante períodos de seca devem ser cuidadosamente abordados. As formações com potencial para reservatórios siliciclásticos, embora variadas, apresentam desafios, como intervalos com baixa porosidade, presença de argila e cimentação intensa, tornando algumas inadequadas como reservatórios para armazenamento de CO2. A porção superior da Formação Salto das Nuvens mostra potencial, mas sua viabilidade depende da presença de selos e profundidade de ocorrência. O armazenamento geológico de carbono representa uma peça fundamental na luta contra o aquecimento global. Portanto, estudos futuros que considerem o potencial das rochas da Bacia dos Parecis como reservatórios para o armazenamento geológico de CO2 devem detalhar as propriedades dos intervalos considerando a diversidade de desafios e pontos apresentados nesse trabalho.

Palavras Chave

Bacia dos Parecis; Sequestro geológico de CO2; reservatórios vulcânicos; reservatórios siliciclásticos; CCUS.