Dados da Submissão
Título
MAPEAMENTO GEOLÓGICO NO CONTEXTO DE UM PROJETO DE EXPLORAÇÃO MINERAL, MINA DE PAU BRANCO, SERRA DA MOEDA, QUADRILÁTERO FERRÍFERO, BRASIL
Texto do resumo
A área de estudo está situada na Serra da Moeda, oeste do Quadrilátero Ferrífero. Neste local encontram-se rochas metassedimentares proterozoicas que pertencem ao Supergrupo Minas.
Neste mapeamento ocorreu caracterização mineralógica, geoquímica e estrutural retiradas da mina Pau Branco, e arredores. Na área de estudo ocorrem afloramentos de filitos e quartzitos do Grupo Caraça, base do Supergrupo Minas, e itabiritos resultantes do metamorfismo das formações ferríferas bandadas (FFB) da Formação Cauê. Um modelamento geológico com dados históricos e atuais foi realizado considerando os 11 litotipos diferentes (com seus respectivos valores médios de ferro): Itabirito Pobre Brando (36,17%); Itabirito Limonítico Pobre Brando (36,70%); Itabirito Pobre Compacto (38,12%); Itabirito Manganesífero Brando (44,33%); Itabirito Intermediário Brando (51%); Itabirito Limonítico Intermediário Brando (52,48%); Itabirito Rico Brando (61,06%); Itabirito Rico Compacto (62,87%), Hematita Branda (66%), Hematita Semicompacta (66,23%), Hematita Compacta (66,71%). Litótipos com teor de Al2O3 acima de 2% são chamados de Limoníticos, e aqueles acima de 1% de Mn são Manganês. Estudos de difração e microscopia óptica indicam uma composição mineralógica de quartzo, hematita granular, goethita e uma mistura de granulação muito fina de óxidos e hidróxidos de ferro (material limonítico).
Em regiões de clima tropical é muito comum a existência de depósitos lateríticos formados a partir da intensa ação do intemperismo químico e acúmulos relativos e absolutos de constituintes resistentes a essa ação intempérica. Na área mapeada, ocorrem camadas lateríticas formadas a partir desse espesso perfil intempérico, que despertam interesse econômico, necessitam de maiores estudos para a compreensão dos processos supergênico responsáveis pela sua formação. Os aspectos texturais, estruturais e mineralógicos demonstram que esse capeamento constituído por uma crosta laterítica endurecida e ferruginosa pode não estar somente associado ao minério de ferro.
O processo deformacional que afetou essas litologias gerou estruturas como dobras, falhas, clivagens de crenulação, clivagens de fratura espaçada, lineações de estiramento, entre outras. A atual geomorfologia reflete a configuração estrutural do embasamento que, ao longo dos processos de deformação e acomodamento por neotectônica, exibe lineamentos estruturais responsáveis por canalizar os cursos de água local
Palavras Chave
Formação Ferrífera Bandada; mapeamento geológico; Quadrilátero Ferrífero; Canga Laterítica; Modelamento Geológico
Área
TEMA 09 - Recursos Minerais, Metalogenia, Economia e Legislação Mineral
Autores/Proponentes
Leonardo Mendonça, Guilherme Silva, Jorge Roncato, Marcos Vinícius de Carvaho, Letícia Barbosa