51º Congresso Brasileiro de Geologia

Dados da Submissão


Título

OBSERVATÓRIO DE ZONA CRÍTICA NO CAMPUS LESTE – USP CAPITAL

Texto do resumo

A expansão urbana não representa apenas impactos relacionados ao uso e ocupação do solo, mas também promove mudanças em vários outros elementos do sistema terrestre, que apresentam uma sinergia quando nos remetemos aos problemas ambientais que devem ser objeto de avaliação, monitoramento, observação etc. Ao considerar a avaliação sob a perspectiva de zonas críticas, avaliamos a interação do solo, água, ar e organismos vivos, e como as atividades antrópicas resultam em externalidades negativas tanto na provisão dos serviços ecossistêmicos, quanto nos processos naturais da Geosfera. As megacidades configuram-se como um foco de risco global, pois os ecossistemas urbanos se caracterizam por uma vulnerabilidade ambiental constante e em permanente evolução, que promovem desigualdades sociais e degradação ambiental. Tais fatores envolvem um sistema complexo de fornecimento de bens e serviços que afetam fortemente os serviços ecossistêmicos em suas (poucas) áreas naturais. As ciências da zona crítica (CZC) é, na acepção adotada pelo National Research Council on Basic Research Opportunities in Earth Sciences, “a região da superfície terrestre que se estende do topo da vegetação à zona de água subterrânea”, e o termo “crítica” indica a relevância dessa região para os serviços ecossistêmicos e desenvolvimento de atividades socioeconômicas, o que aponta a necessidade de avaliação e monitoramento constantes. As complexas interações e conectividade em zonas críticas exigem estudos em uma abordagem interdisciplinar na avaliação e acompanhamento por longos períodos, a fim de compreender a dinâmica de processos e variáveis, em escalas temporais e espaciais. O objetivo deste estudo foi integrar diferentes abordagens para estabelecer uma zona crítica na zona leste do maior contingente urbano da América do Sul, a cidade de São Paulo, e com base na interação planta-solo-água na zona crítica, compreender os padrões de evolução sazonal e serviços ecossistêmicos da vegetação. A investigação desenvolvida através da implementação de um observatório piloto de zona crítica (OZC) envolveu diversas abordagens em uma pesquisa conjunta, desde métodos geofísicos, atmosféricos e parâmetros geoquímicos. Os indicadores biogeoquímicos aplicados à espécie de aroeira vermelha (Schinus terebinthifolius Raddi), os levantamentos geofísicos, a avaliação geoquímica do solo e da água foram aplicados para estabelecer o observatório de zona crítica do campus Leste-USP Capital.

Palavras Chave

Zona crítica; observatório de zonas críticas; biogeoquímica

Área

TEMA 02 - Recursos Hídricos e Geociências Ambientais

Autores/Proponentes

Rosely Aparecida Liguori Imbernon, Andréa Teixeira Ustra, Letícia Rangel Dantas