Dados da Submissão
Título
OSTRACODES NÃO-MARINHOS DOS POÇOS 9-FBA-65-BA E 9-FBA-79-BA, GRUPO ILHAS (ANDAR ARATU), BACIA DO RECÔNCAVO, NORDESTE DO BRASIL
Texto do resumo
A Bacia do Recôncavo faz parte do sistema de rifte Recôncavo-Tucano-Jatobá e foi a primeira bacia terrestre explorada para hidrocarbonetos no Brasil. Amostras de poços nesta bacia foram usadas para estabelecer um biozoneamento baseado em ostracodes não marinhos, que ainda é utilizado para datar estratos do Jurássico Superior e Cretáceo Inferior. A gênese da Bacia do Recôncavo está relacionada aos esforços distensionais que culminaram na fragmentação do Supercontinente Gondwana e no estabelecimento do Oceano Atlântico Sul. Este estudo analisou amostras coletadas dos poços 9-FBA-65-BA e 9-FBA-79-BA perfurados no município de Aramari, Bahia. Ambos os perfis registam no topo o contato entre a Formação Marizal e o Grupo Ilhas. Foram coletadas um total de 133 amostras de folhelhos e arenitos de granulação fina a média do Grupo Ilhas. A fauna recuperada de 6.730 exemplares de ostracodes foi composta principalmente pelos gêneros Paracypridea Swain, Cypridea Bosquet, Reconcavona Krömmelbein e Alicenula Rossetti & Martens. A posição biocronoestratigráfica no Andar Aratu (Hauteriviano–Barremiano) baseou-se na associação faunística, que também foi interpretada como típica de um ambiente lacustre, apresentando elevada abundância e moderada riqueza. Algumas carapaças foram recristalizadas e outras substituídas por pirita e galena. Na porção superior do poço foi comum a presença de moldes internos e externos de ostracodes. Estudos futuros serão direcionados à compreensão dos processos tafonômicos que controlaram as substituições minerais.
Palavras Chave
Bacia do Recôncavo; Ostracodes não-marinhos; Cretáceo inferior
Área
TEMA 21 - Estratigrafia, Sedimentologia e Paleontologia
Autores/Proponentes
Daniele de Melo Mendes Britto, Enelise Katia Piovesan, Luzia Antonioli, Rodolfo Dino