Dados da Submissão

Título

ÍNDICES GEOQUÍMICOS NA DETERMINAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL EM SEDIMENTOS DE CORRENTE NAS MICROBACIAS NO ESTADO DE RORAIMA.

Texto do resumo

Os métodos de definição do background geoquímico, como o mMAD e o TIF, são fundamentais para a avaliação de anomalias geoquímicas. Juntamente com técnicas de sensoriamento remoto, permitem analisar a natureza dessas anomalias. No entanto, apresentam limitações, como o percentual de amostras abaixo do limite de detecção. Este estudo se baseia na utilização de amostras de sedimentos de corrente do “Projeto Levantamento Geoquímico de Baixa Densidade do Estado de Roraima”. As coletas ocorreram entre 2009 e 2013, com o objetivo de mapear as bacias hidrográficas do estado durante o mesmo período de precipitação. A área de estudo abrange 106.369,051 km², com 429 amostras coletadas que representam a mesma quantidade de microbacias. Em laboratório, as amostras foram secas a 60°C, peneiradas (<80 mesh), digeridas em água régia e analisadas por ICP-MS e ICP-OES. O objetivo deste estudo é determinar e avaliar as condições ambientais da área de estudo levando em consideração os elementos contemplados na resolução CONAMA 454/2012 (As, Cd, Cr, Cu, Hg, Ni, Pb e Zn) por meio de cálculos de índices geoquímicos, como o Fator de Enriquecimento (EF), o Fator de Contaminação (CF), o Grau de Contaminação Modificado (GCm) e o Índice de Poluição (IP). O EF utiliza elementos normalizadores como Al, Ca+Mg e Fe+Mn. Outros índices, como o CF, permitem examinar elemento por elemento, utilizando como base a mediana de cada elemento. Posteriormente, podem ser integrados com outros índices como GCm e IP. Os resultados das medianas para a classificação de enriquecimento mineral obtiveram estes valores para os normalizadores: 49,41% para Al, 61,30% para Ca+Mg, e 43,82% para Fe+Mn com uma resposta mais expressiva no intervalo de enriquecimento moderado (50,17%). No intervalo extremamente elevado, o Hg apresentou o maior percentual para os três normalizadores: Al (6,29%), Fe+Mn (6,29%) e Ca+Mg (5,36%). O Cd apresentou 6,29% para Al, 4,66% para Fe+Mn e 0,23% para Ca+Mg. Para As, Pb, Ni, Cu e Zn, os enriquecimentos estão nos intervalos de enriquecimento mineral e moderado e em baixa proporção no intervalo enriquecimento significativo < (3.73%). O CF mostrou uma mediana de 8,39% das bacias dentro do intervalo de contaminação considerável, excedido por Hg (11,89%), Cd (12,35%) e Zn (11,19%). No intervalo de alta contaminação, a mediana foi de 2,10%, superada por Hg (25,64%), Cd (24,71%) e Zn (3,03%). Os índices multielementares, como o GCm, concentraram o maior percentual de bacias no intervalo nulo a moderado, com apenas 0,93% das bacias no intervalo extremamente alto. O IP mostrou que 68,29% das bacias estão poluídas pelos elementos em conjunto. Os resultados mais relevantes foram para o Hg, se observando controle pelos limites dos domínios tectonoestratigráficos propostos por Reis (2006) nas coberturas aluvionares. Os valores mais altos estão situados na bacia hidrográfica do rio Jufari, no sudoeste de Roraima, onde o uso do solo é dominado por zonas inundadas, pântanos e presença de floresta ombrófila.

Palavras Chave

lementos potencialmente tóxicos; qualidade ambiental; Amazônia.