Dados da Submissão

Título

MAPEAMENTO GEOLÓGICO (1:50.000) DAS ROCHAS INTRUSIVAS DO GRUPO SERRA GERAL NA REGIÃO DE TAIÓ (SC), BACIA DO PARANÁ

Texto do resumo

A área do estudo abrange os municípios de Taió e Salete, situados na região do Alto Vale do Itajaí, porção central do estado de Santa Catarina, Brasil. Na área ocorre diques e soleiras de dimensões decamétricas à quilométricas que intrudem as rochas sedimentares da Bacia do Paraná. Estas rochas possuem um alto potencial para exploração mineral, devido às suas características que possibilitam a sua utilização como rochas ornamentais, conhecidas comercialmente como “preto absoluto”. A sequência vulcânica do Grupo Serra Geral é composta principalmente por derrames basálticos e seus sistemas alimentadores (enxames de Ponta Grossa, Florianópolis e Serra do Mar. Na área de estudo as pedreiras ocorrem como soleiras e diques que intrudem as rochas sedimentares paleozoica da Bacia do Paraná. Neste trabalho foram identificadas outras ocorrências de rochas intrusivas e observado os parâmetros geométricos e estruturais destas rochas (soleiras, diques e lacólitos).
Foram descritos 68 pontos com amostragem para estudos petrográficos, geoquímicos e ensaios laboratoriais tecnológicos. Predominam as soleiras que possuem espessuras entre 30 à 150 metros, estas últimas formam penhascos ao longo do vale do rio Itajaí do Oeste conhecido como Serra da Pexinxa. Nas soleiras, onde ocorre a exploração da rocha ornamental, foram descritas 3 fácies: borda resfriada basal, diabásio inferior, gabro (núcleo), diabásio superior, e borda resfriada superior. As bordas são compostas por basalto e é comercializado com o nome de Preto Absoluto, as porções intermediárias são de diabásio de granulação média e é comercializada com o nome de Preto Semi-absoluto, já a porção de núcleo da soleira é um gabro sendo denominado de Black-Star. As rochas ornamentais são compostas basicamente de plagioclásio, piroxênio (augita), opacos e mesóstase, com mudanças na granulação e porcentagem de mesóstase (intercrescimento de quartzo e feldspato, apatita, opacos e argilominerais). Os diques têm espessuras entre 5 e 120 m, com orientação preferencial NE e NW, e em algumas áreas (p.ex. Pedreira Bela Vista) é possível observar os diques alimentando as soleiras. O mapeamento de detalhe da área permitiu o delineamento de diversas novas soleiras que podem ter bom potencial para uso como pedra ornamental. Ensaios tecnológicos como: índices físicos, ensaio de compressão uniaxial, ensaio de resistência ao congelamento e degelo, ensaio de flexão por carregamento em três pontos (módulo de ruptura) ensaio de flexão e ensaios de coeficiente de dilatação térmica linear estão em andamento para a caracterização destas novas ocorrências.

Palavras Chave

Rocha Ornamental; Grupo Serra Geral; Exploração Mineral.