Dados da Submissão

Título

Metodologia de análise da microbiota na interface rizoma e minerais em Olivina Melilitito aplicado como remineralizador de solos

Texto do resumo

Resumo: A agricultura é um dos principais pilares da economia do Brasil, e o desenvolvimento e atualizações de novas técnicas referentes à fertilização de solos se torna imprescindível. O uso de remineralizadores de solos vem sendo aprimorada no país, uma vez que há a necessidade de recomposição dos nutrientes dos solos que atendam novas diretrizes ambientais. Neste estudo, uma nova metodologia de avaliação do potencial agronômico da rocha Olivina Melilitito está sendo testada, e para isso, foram feitos testes agronômicos na Embrapa Clima Temperado, Pelotas/RS. As amostras que foram coletadas no município de Palmeira/SC, são de uma rocha ultrabásica alcalina que pode vir a ser uma alternativa aos fertilizantes químicos, pois é rica em Mg, K, P e Ca. O experimento contou com quatro dosagens diferentes de pó de rocha (8, 16 e 24 kg/ha e testemunho sem adição de rocha), quatro dosagens de cloreto de potássio (0, 230, 460 e 690 kg/ha) e foram feitas a semeadura e colheita de três plantas diferentes: capim sudão, azevém e arroz. O solo utilizado foi um Neossolo Quartzarênico coletado da região de Rio Grande/RS. Durante a colheita das plantas, percebeu-se que o crescimento de raízes em algumas dosagens foi diferenciado. Para as análises laboratoriais do pó de rocha, o procedimento adotado para a separação das raízes do pó foi desenvolvido de modo que houvesse pouca perda de material durante a separação e que fosse retirada a maior quantidade de raízes possíveis. Primeiramente, as amostras foram pesadas em uma balança de precisão, e em seguida, foi feito o peneiramento delas, utilizando-se uma torre de peneiras com a sequência granulométrica, de cima para baixo: 0,84mm, 0,50mm, 0,250mm, 0,125mm e 0,062mm. Após o peneiramento, foi pesado e separado o material que ficou retido nas frações 0,84mm e 0,50mm. O que ficou retido na fração 0,250mm foi o último a apresentar presença de raízes visíveis a olho nu. Sendo assim, esse material foi submetido à uma filtragem, que foi feita utilizando-se filtro de papel, um copo de becker e um funil. O material que antes estava na peneira, foi passado para um recipiente em que foi sendo postas pequenas quantidades de água e foi-se mexendo essa mistura de leve para que o material orgânico ficasse sobrenadante. Depois disso, com cuidado, ia sendo despejado essa mistura no filtro de papel. Esse procedimento foi sendo repetido até que, visualmente, só sobrasse solo no recipiente. Quando finalizada esta etapa de filtragem, as amostras, tanto as do filtro de papel como as do recipiente, eram postas numa estufa para secar. Essa estufa ficava em funcionamento por cerca de dois dias, a uma temperatura média de 30°C. Após esse período, as amostras eram retiradas e, a parte orgânica foi armazenada separadamente e, o solo seco, foi posto junto com as outras frações granulométricas maiores. A fração de 0,125mm foi colocada juntamente com as granulometrias maiores, e a fração de 0,062mm, foi considerada material fino e armazenada separadamente para eventual necessidade de análises. É com esse material das frações granulométricas maiores que se pretende fazer análises de Difração de Raios-X para descobrir os elementos ali presentes e, com as raízes, avaliar a interação da microbiota na interface rizoma e minerais por meio de Microscopia Eletrônica de Varredura. Com base nos resultados que serão obtidos nessas análises, será possível determinar se essa rocha tem potencial para ser um remineralizador de solo.

Palavras Chave

Remineralizadores; olivina melilitito; agronomia; solos.