Dados da Submissão

Título

MAGNETOESTRATIGRAFIA E PALEOINTENSIDADE RELATIVA DO LIMITE APTIANO-ALBIANO NA BACIA DE SERGIPE-ALAGOAS

Texto do resumo

O Aptiano-Albiano corresponde a um período em que ocorreram mudanças significativas na paleogeografia, paleobiologia e geoquímica dos oceanos, incluindo eventos anóxicos, bem como mudanças no sistema oceano-clima, na dinâmica das placas tectônicas e no ciclo do carbono. O contexto da abertura do Atlântico Equatorial é fundamental para o entendimento deste período. Além disso, o campo magnético da Terra apresentou um evento de polaridade normal por aproximadamente 38 Ma (121.4-83.65 Ma), conhecido como Superchron Normal do Cretáceo (SNC). O comportamento do campo geomagnético durante o SNC não é bem conhecido e há poucos registros deste evento no hemisfério sul. Neste trabalho serão apresentados os resultados paleomagnéticos preliminares em sedimentos do Aptiano Superior – Albiano Inferior da Bacia de Sergipe-Alagoas, Brasil, e suas implicações para a variação paleosecular e paleointensidade relativa (PIR) na região equatorial. O modelo de idade dos testemunhos estudados é baseado em bioestratigrafia e cicloestratigrafia. O mineral portador da magnetização remanescente é de baixa coercividade, provavelmente magnetita de origem detrítica. Dados direcionais (declinação e inclinação) obtidos através de desmagnetização por campos alternados definem a polaridade normal correspondente ao chron C34n, mas com episódios rápidos de reversão próximos à transição Aptiano-Albiano. Além disso, dados de paleointensidade relativa mostram uma variação significativa na intensidade do campo geomagnético durante o período estudado. Estes novos dados serão de fundamental importância para o entendimento das variações do campo geomagnético durante o SNC. Além disso, estabelecem novos vínculos cronoestratigráficos para este período nas bacias da margem equatorial brasileira.

Palavras Chave

Paleomagnetismo; Mineralogia magnética; Aptiano; Albiano.