51º Congresso Brasileiro de Geologia

Dados da Submissão


Título

MUSEU GEOLÓGICO DA BAHIA COMO FERRAMENTA DE POPULARIZAÇÃO DA METEORITICA

Texto do resumo

As rochas espaciais que atravessam a atmosfera e chegam a superfície do nosso planeta são consideradas meteoritos e podem representar porções internas de planetas e protoplanetas, que se formaram juntamente com a Terra há mais de 4.5Ga. Estes fragmentos são importantes materiais de pesquisa para a ciência, pois as informações físicas e químicas ajudam a entender a origem e a evolução do Sistema Solar, funcionando como verdadeiras sondas do espaço, que trazem à Terra amostras que de outra forma teria um custo extremamente elevado e tornaria impossível para países em desenvolvimento avançar nesta ciência. Com o objetivo de difundir e popularizar as ciências, o Museu Geológico da Bahia (MGB), desde 1975 encontra-se aberto ao público com atendimentos pedagógicos e ações em pesquisa geocientífica, educativas, culturais e sociais, que proporcionam ao público acesso ao conteúdo acadêmico de forma objetiva e prazerosa, possibilitando a construção e reconstrução do saber. A exposição Meteoritos, inaugurada em 2014, apresenta ao público um painel interativo, que através do toque em um mapa do Brasil leva o visitante a locais georreferenciados relacionados às crateras de impactos e meteoritos. Ao lado deste painel encontra-se um monitor onde são projetadas informações sobre essas rochas espaciais, facilitando o acesso a um catálogo de informações científicas acuradas. O centro da exposição é marcado pela réplica do maior meteorito brasileiro, o Bendegó, que de forma lúdica comunica ao público o contexto histórico sobre a sua descoberta no sertão da Bahia ainda no Brasil colônia, sua aventura do sertão ao Museu Nacional no Rio de Janeiro, bem como características físicas, químicas e importância científica e cultural deste geopatrimônio baiano. A exposição apresenta ainda 26 amostras de fragmentos de meteoritos da coleção brasileira e alguns exemplares da coleção mundial. Esta exposição é realizada com base na classificação atual de meteoritos em três grandes grupos relacionados à sua composição mineralógica: os metálicos/sideritos, os rochosos/aerólitos e os mistos/siderólitos. Em uma base aberta e acessível, o público pode experimentar o toque dessas rochas, sentindo sua textura e conferindo seu peso e densidade superior a maioria das rochas terrestres. Ao longo de uma década, esta exposição atendeu a uma média anual de 30 mil visitantes na sede do museu, na capital baiana, e atendimento similar foi realizado em exposições itinerantes na capital e no interior. Os meteoritos são sempre os principais objetos em destaque. Em março de 2024, uma exposição realizada no Salvador Shopping, que incluiu fragmentos de meteoritos e a réplica do Bendegó, atendeu ao longo de 1 mês a um público aproximado de 54 mil pessoas. Dentre as 15 temáticas que compõem as exposições do museu, a dos Meteoritos é uma das mais solicitadas pelos professores da educação básica da Bahia, que são atendidos pelo Programa Museu Escola e Comunidade, através do agendamento de visitas pedagógicas guiadas. Observa-se portanto que os meteoritos e as exposições presentes no MGB o potencializam como referência na área de divulgação científica e educação em geociências na Bahia, sendo este o único espaço no estado a disponibilizar e dialogar com a sociedade sobre estas rochas espaciais.

Palavras Chave

museu; meteoritos; popularização; exposição

Área

TEMA 05 - História e difusão das geociências

Autores/Proponentes

Elizandra Pinheiro Reis, Thierri Ferreira Ramos Araújo, Débora Correia Rios