Dados da Submissão

Título

INVESTIGAÇÃO DA MAGNETIZAÇÃO DAS ROCHAS DO MACIÇO ALCALINO ITATIAIA: FUNDAMENTOS PARA ESTUDOS PALEOMAGNÉTICOS FUTUROS

Texto do resumo

O campo magnético terrestre, gerado no núcleo externo líquido, não é um campo estático. Dados paleomagnéticos indicam que ocorreram diversas reversões de polaridade, excursões magnéticas e variações na intensidade do campo ao longo da história geológica. Estes efeitos são conhecidos como variações paleosseculares, pois ocorrem na ordem de mil a 10 mil anos. Todavia, também existiram períodos chamados de superchrons, em que a ocorrência de reversões de polaridade foi quase nula por um período de milhões de anos. Ao longo deste estudo, iremos estudar as variações paleosseculares no período pós-Superchron Normal do Cretáceo (80 a 45 milhões de anos), em que as taxas de reversões eram baixas, mas não nulas. Atualmente, este projeto se encontra na fase inicial, onde iremos apresentar um estudo de paleomagnetismo em rochas extrusivas do Maciço Alcalino Itatiaia (~67,3 Ma). Esta unidade geológica contém diques de traquitos, fonolitos e riolitos, que serão amostrados in situ. Espécimes destas rochas passaram por processos de desmagnetização térmica e de campos alternados para isolamento das componentes características da magnetização. Experimentos como curvas de histerese, curvas de magnetização isotérmica e curvas de susceptibilidade magnética em função da temperatura auxiliaram na investigação dos minerais magnéticos presentes nas amostras. Estudos preliminares conduzidos nessas rochas indicaram boa estabilidade magnética associada à presença da magnetita e da maghemita. Espera-se que estes resultados sejam incorporados aos levantamentos paleomagnéticos e de paleointensidade, permitindo avanços futuros nos estudos das variações paleosseculares e contribuindo significativamente para a compreensão do campo geomagnético.

Palavras Chave

Variação paleossecular; Paleomagnetismo; Geomagnetismo; Paleointensidade; Maciço Alcalino Itatiaia