Dados da Submissão

Título

INTEGRAÇÃO ENTRE A CARTOGRAFIA DE RISCO E A GESTÃO PARTICIPATIVA: UM ESTUDO DE CASO COM BASE NO PMRR DE ITAQUAQUECETUBA (SP) - 2024

Texto do resumo

O processo de urbanização no Brasil tem ocorrido ao longo de séculos, de forma desestruturada e sem a devida consideração das limitações e potencialidades do próprio meio físico no qual tem se instalado. Com isso, a ocorrência de fenômenos e/ou eventos destrutivos, associados a vulnerabilidade local e social, tem como consequência a incidência de episódios de deslizamentos e inundações cada dia mais severos, causando prejuízos materiais e não- materiais a população atingida. No intuito de diminuir tais transtornos, a realização de estudos geológicos-geotécnicos, juntamente com a elaboração de relatórios de redução de risco, tem se mostrado o principal instrumento utilizado pelas autoridades na identificação das áreas mais afetadas e na elaboração de medidas de prevenção e/ou enfrentamento ao desastre. Com isso, o Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR) constitui uma das tentativas de melhor identificação das áreas mais vulneráveis. Logo, o principal objetivo deste projeto é fazer uma análise quanto a metodologia que esta sendo aplicada no PMRR-2024 do município de Itaquaquecetuba (SP) e suas propostas inovadoras (principalmente quanto a inserção de uma metodologia de mapeamento participativo), quando em comparação com as metodologias de cartografia de risco mais antigas e seus respectivos produtos. Como meio de alcançar tais objetivos, esta sendo feita uma análise metodológica de revisão bibliográfica dos projetos anteriores, utilizando como instrumento de comparação os PMRR da CMPR - 2014 e da Regea - 2018, ambos do município em questão. As análises buscam principalmente evidenciar os impactos de uma participação mais ativa da população, desde a fase inicial do projeto, até o resultado final, com a cartografia de risco já finalizada. Apesar de se tratar de um projeto que ainda esta em andamento, muitos resultados já foram obtidos, graças a realização de oficinas participativas e de mapeamento participativo tem sido possível identificar as principais dores e necessidades reais da população, com base em relatos sobre a forma de ocorrência dos fenômenos associado as principais consequências na população mais atingida. Com o inicio do mapeamento de inundações já é possível setorizar as áreas de risco levando em conta aspectos como a geologia e geomorfologia local, a forma e ocorrência de eventos que potencialmente são os responsáveis por causar transtornos a comunidade, e tudo isso associado a vulnerabilidade social, na tentativa de aprimorar e melhorar essa metodologia de estudo do risco, levando em conta não só os fatores condicionantes já apresentados anteriormente, mas tendo também em vista, uma gestão mais participativa e inclusiva da população.

Palavras Chave

Mapeamento de risco; Urbanização; Vulnerabilidade