51º Congresso Brasileiro de Geologia

Dados da Submissão


Título

MAPEAMENTO GEOLÓGICO-GEOFÍSICO EM ESCALA 1:100.000 DA PORÇÃO NORTE DA BACIA DE ALAGOAS, NE, BRASIL

Texto do resumo

A área de estudo está situada na na porção norte da Bacia de Alagoas, localizada ao longo da costa do Estado de Alagoas. Esta bacia é conhecida pelo seu registro estratigráfico quase completo e grande potencial de exploração de hidrocarbonetos. Em virtude dos poucos dados disponíveis da Bacia Alagoas em comparação com a Bacia de Sergipe, uma proposta investigação geofísica através da analise de dados de gamaespectrometria e magnetometria em uma área de 2200 km² é aqui apresentada. A área de estudo é delimitada pelas Suítes Intrusivas NeoProterozóicas localizadas na porção norte e contém as Formações Poção e Maceió, ambas do estágio Rifte da Bacia. Foram obtidos dados aeromagnéticos e de gamaespectrometria da Borda Leste do Planalto da Borborema (1079) oriundo dos projetos aerogeofísicos e disponíveis no banco de dados aberto do Serviço Geológico do Brasil. Os levantamentos foram realizados com linhas de voo N-S e linhas de ligação E-W, com espaçamentos de 500m e 10km, respectivamente, e processados no software Oasis Montaj 9.1. O primeiro mapa gerado foi o de Anomalias Magnéticas Totais (TMF), o qual foi corrigido o IGRF (International Geomagnetic Reference Field) durante o processamento. Os mapas subsequentes que derivaram do TMF foram: o Mapa Analítico de Amplitude do Sinal (ASA) e a Derivada Vertical (DZ). A gamaespectrometria mostrou a distribuição dos isótopos dos elementos potássio (K), urânio (eU) e tório (eTh) e o mapa Ternário, dos três canais em cores RGB. A interpretação destes dados permitiu identificar anomalias de interesse, delinear seus limites tectônicos e definir a geometria dos corpos na região do embasamento, como também o delineamento dos limites do arcabouço sedimentar da área de estudo, resultando em um mapa geológico de detalhe. No embasamento, os valores de potássio são mais elevados do que nas regiões vizinhas, diminuindo em direção à bacia sedimentar. No mapa de urânio, há altos valores ao norte-noroeste e a presença de estruturas dômicas são delimitadas por baixos teores deste elemento. O padrão de distribuição de tório é semelhante ao de urânio. O mapa ternário destacou as estruturas dômicas com altas concentrações de potássio em relação aos arredores, indicando uma origem litológica externa à região da Bacia. A área exibe altas concentrações de todos os radioelementos, variando em alguns locais para maiores teores de potássio ou urânio. A integração de mapas aeromagnéticos e gamaespectrometria, juntamente com a revisão da literatura geológica local, permitiu antecipar os litotipos esperados na área. Isso facilitou a identificação das principais áreas para investigação de contatos litológicos e a elaboração do mapa geológico do embasamento da Bacia. Na literatura, as litologias do embasamento apresentam alterações magnéticas significativas, com ocorrência em suítes intrusivas como Joaquim Gomes (Granitoides, metagranitoides, ortognaisses e ortognaisses migmatíticos), Jundaí (Monzogranitos a sienogranitos) e Itaporanga (Anfibólio-biotita granodiorito, hornblenda-biotita monzogranito e sienogranito porfirítico).

Palavras Chave

magnetometria; Gamaespectrometria; Suítes intrusívas; Formação Poção; Formação Maceió.

Área

TEMA 15 - Geofísica

Autores/Proponentes

Nayara Rodrigues Silva Souza, Dayanne Fonseca Dantas, Clauss Fallgatter, Jefferson Cruz Tavares Oliveira, Mário F Lima Filho