51º Congresso Brasileiro de Geologia

Dados da Submissão


Título

MODELO SÍSMICO DA SUPERFÍCIE BASAL DO GRUPO BAMBUÍ NA PORÇÃO NORTE DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Texto do resumo

A área do projeto está inserida na Bacia Sedimentar do São Francisco (BSF), que representa uma bacia do tipo intracratônica e integra a porção sedimentar do Cráton do São Francisco. Embora esta bacia ainda possua características geológicas relativamente incompreendidas do ponto de vista evolucional, novas pesquisas sugerem a existência de um sistema petrolífero efetivo com potencial para hidrocarbonetos gasosos (Reis et al. 2013). Sistema esse que tem o topo da Sequência Paranoá-Espinhaço superior e a porção basal da Sequência Bambuí como principais geradores, reservatórios e trapas de hidrocarbonetos (Reis & Alkmim 2015; Reis & Suss 2016; Toledo et al. 1998; Fugita & Clark F. 2001; Tonietto 2011; Reis et al. 2013 & Dignart 2013).

Dentro desse contexto, este trabalho visa a construção de um modelo da superfície basal do Grupo Bambuí a partir dos dados de mais de 200 linhas sísmicas de reflexão, que recobrem grande parte da região norte do estado de Minas Gerais.

A interpretação do horizonte sísmico representativo da base do Grupo Bambuí foi feita com amarração de perfis de poços perfurados pela Petra Energia S/A e convertidas de tempo para profundidade com uso do perfil sônico de velocidades dos poços, VSP (Vertical Seismic Profile) e velocidades RMS do empilhamento sísmico (Dix, 1955). Com isso produziu-se uma superfície 3D da profundidade da base do Grupo Bambuí na área de estudo.

O modelo aponta para profundidades variando desde o embasamento aflorante, no extremo sudoeste da área, até pouco mais de 2.500 m numa área de mais de 4.000 km2 no centro-oste da região estudada, circundada por altos estruturais do embasamento, formando uma sub-bacia. A partir desses altos estruturais, a região norte da área apresenta um embasamento mais raso que a porção centro-sul e que se adelgaça gradativamente para noroeste.

Por fim, a geomorfologia desta superfície pode contribuir não só para o entendimento da geotectônica da bacia, como também para a compreensão de estruturas condicionantes para a migração, armazenamento e trapeamento de hidrocarbonetos no contexto basal do Grupo Bambuí da Bacia do São Francisco.

Palavras Chave

Modelagem sísmica; Grupo Bambuí; porção basal; Hidrocarbonetos; Bacia do São Francisco

Área

TEMA 15 - Geofísica

Autores/Proponentes

HIGO OLIVEIRA NUNES, EVERTON ASSUNÇÃO MARTINS SANTOS, CARLOS ALBERTO MORENO CHAVES