Dados da Submissão

Título

METAGRANITOIDES DOS COMPLEXOS PARAMIRIM E SANTA IZABEL NO SETOR SUL DA PALEOPLACA GAVIÃO: INTEGRAÇÃO DE DADOS GEOLÓGICOS, GEOQUÍMICOS E GEOÉTICA COM ÊNFASE NO ESTUDO DA ROCHAGEM

Texto do resumo

A utilização do pó de rocha para remineralização é uma prática que vem sendo adotada por pequenos agricultores na rochagem, visando à melhoria do solo e a diminuição do uso de fertilizantes químicos na produção de alimentos. Essa técnica possibilita a valorização e utilização de rejeitos da mineração através da cominuição de rochas até a granulação mais fina. Os Complexos Paramirim e Santa Izabel são constituídos por rochas paleo-meso-neoarqueanas do embasamento da Paleoplaca Gavião. A área de estudo localiza-se na região sudoeste da Bahia, cujas atividades econômicas principais são a mineração e a agricultura familiar. Ambos os Complexos possuem metagranitoides gnaissificados e migmatizados, formando metatexitos a diatexitos. Os metatexitos possuem paleossomas principalmente de composição diorítica, tonalítica, granodioritica e subordinadamente de composição sienogranítica e monzonítica e neossomas de composição sienogranítica, monzogranítica e granodioritica. Um aspecto que distingue o Complexo Santa Izabel do Paramirim é a presença de rochas granulíticas e charnoquíticas. Análises químicas publicadas na literatura dos paleossomas de ambos os complexos revelam rochas com teores de SiO2 entre 48,1 a 76,6% e somatórios de CaO+MgO+K2O entre 2,9 a 12,2 % no Complexo Paramirim e 1,2 a 34,7% e 43,4 a 75% no Complexo Santa Izabel, com teores de quartzo normativo entre 11,8 a 41,7% e 1,2 a 34,7%, respectivamente. Para as rochas desse estudo também constam, na literatura, dados para elementos potencialmente tóxicos, como chumbo, mercúrio e cádmio. A partir da Instrução Normativa Nº 5 /2016, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (IN 05/2016, MAPA) verificou-se que embora ambos os complexos tenham potencial semelhante para uso em rochagem, o Complexo Santa Isabel se destaca em relação ao Complexo Paramirim, em que foram selecionados 48,3% e 14,7% dos afloramentos analisados, respectivamente. Embora a aplicação dos métodos de rochagem seja relevante para o desenvolvimento econômico regional, é importante levar em consideração o patrimônio geológico, as questões socioambientais, em respeito às comunidades envolvidas e o uso racional dos materiais rochosos, sem prescindir dos princípios Geoéticos.

Palavras Chave

PALAVRAS CHAVE: ROCHAGEM; COMPLEXO PARAMIRIM; COMPLEXO SANTA IZABEL; geoética