Dados da Submissão

Título

Influência do isolamento térmico induzido por supercontinentes na estrutura reológica da litosfera

Texto do resumo

A espessa litosfera continental representa um isolante térmico, promovendo uma transferência de calor condutiva menos eficiente para a superfície terrestre do que em porções oceânicas onde a litosfera é mais fina. Como consequência, a temperatura do manto astenosférico sob grandes blocos continentais pode aumentar em relação às regiões circundantes. Por outro lado, o manto astenosférico quente pode modificar a estrutura térmica e reológica da base da litosfera. A compreensão de como a litosfera e a astenosfera coevoluem, considerando a variação lateral da espessura litosférica, depende da representação adequada das propriedades mecânicas do manto superior na escala de tempo geológica. Utilizando cenários numéricos termo-mecânicos, investigamos como a variação lateral da espessura litosférica, como uma quilha cratônica, afetou o fluxo de calor para a superfície, o padrão convectivo dentro do manto astenosférico e os impactos da evolução térmica da quilha cratônica ao longo de centenas de milhões de anos. Os resultados numéricos indicam que o isolamento térmico promovido pela espessa litosfera continental induz o desenvolvimento de anomalias térmicas positivas na astenosfera, que eventualmente contribuem para o enfraquecimento da base da litosfera continental. O aquecimento do manto sublitosférico sob quilhas cratônicas é relevante apenas quando a litosfera continental apresenta baixa velocidade horizontal absoluta. Além disso, a presença de um cinturão móvel com manto litosférico com viscosidade efetiva mais baixa do que a litosfera cratônica circundante contribuiu para a erosão basal devido ao isolamento térmico e ao fluxo divergente ascendente na astenosfera, induzindo o enfraquecimento da litosfera continental entre blocos cratônicos.

Palavras Chave

Reologia da litosfera; Convecção; Supercontinentes