51º Congresso Brasileiro de Geologia

Dados da Submissão


Título

INVESTIGAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA SUBTERRÂNEA SOB ATERRO CONTROLADO DESATIVADO

Texto do resumo

Atualmente, 40% da população mundial sofre com a escassez de água e, de acordo com a estimativa, 4,8 bilhões de pessoas ficarão sem acesso ao recurso até 2050. No Brasil, a crise hídrica já existe e está concentrada na região Nordeste. Este problema pode agravar-se ainda mais com a contaminação das águas subterrâneas devido a presença de lixões, aterros mal operados, acidentes com substâncias tóxicas, entre outras fontes. O potencial poluidor do lixiviado é conhecido por ser um grande problema ambiental e geotécnico. O impacto potencial depende das características do resíduo que foram lançados ao aterro, da capacidade de atenuação do solo e das técnicas e procedimentos de disposição (MOODY et al, 2017). Ainda deve ser ressaltado que o lixiviado tem grande quantidade de poluentes orgânicos e inorgânicos e, quando entra em contato com o solo e as águas (superficiais e subterrâneas), podendo modificar intensamente as características físicas, químicas e biológicas do meio. Segundo Gerland & Mosher (1975), para que o lençol freático seja poupado de contaminações nenhum esforço é exagerado, pois para que ele fique livre das contaminações poderá levar dezenas de anos, e a remoção artificial dos poluentes de um lençol pode se tornar economicamente inviável. O objetivo desse trabalho foi analisar a possível influência do lixiviado de um aterro controlado sobre um aquífero subterrâneo, através de um poço artesiano implantado e localizado à jusante deste aterro. A técnica de coleta adotada para as águas dos poços, foi a de uso de coletores tipo caneca e a conservação adotada foi a descrita no Guia de Coleta e Conservação de Amostras de Água do CETESB (2024). As amostras coletadas foram representativas e estabilizadas para não acontecer nenhum resultado falso das amostras. Seis parâmetros foram analisados: cromo, manganês, turbidez, cor, pH e nitrogênio amoniacal. De acordo com a análise, quatro deles estão acima do Valor Máximo Permitido (VMP), enquanto que outros dois encontram-se dentro do VMP consoante a Portaria 2914/11. Analisando-se especificamente o amnganês, observou-se que o valor está 4 vezes acima do valor máximo permitido pela portaria indicando a contaminação da água. Este alto valor do manganês pode estar associado a presença do lixiviado, que conforme caracterização, possui altas concentrações. De um modo geral conclui-se que a água do poço não pode ser utilizada para consumo humano, uma vez que o lixiviado e o gás podem estar impactando-o negativamente, já que há alterações nos parâmetros de manganês, pH , turbidez e cor da água.

Palavras Chave

análise; poço artesiano; Água; Poluição.

Área

TEMA 02 - Recursos Hídricos e Geociências Ambientais

Autores/Proponentes

EDUARDO ANTONIO MAIA LINS, Cecília Maria Mota Lins, Lília Albuquerque SILVA, Fábio José Araújo Pedrosa, KELY STARCK, Letícia Cavalcante Lima Galindo, ADRIANO ANTONIO LUCENA, ADRIANA PALMÉRIO SILVA, Fabio Machado Cavalcanti, Stênio Coura Cuentro, Lucila Ester Prado Borges