51º Congresso Brasileiro de Geologia

Dados da Submissão


Título

PALEOMAGNETISMO DE INTRUSÕES BÁSICAS E INTERMEDIÁRIAS ASSOCIADAS AO GRUPO SERRA GERAL, NORDESTE DO RIO GRANDE DO SUL

Texto do resumo

A Província Ígnea Paraná-Etendeka é o segundo maior evento vulcânico do planeta e teve sua formação durante a abertura do Oceano Atlântico Sul. Cerca de 90% de suas rochas estão preservadas na América do Sul e recobrem os sedimentos da Bacia do Paraná. Na porção sul da Província, as rochas recebem a denominação de Grupo Serra Geral (GSG), sendo composta pelas Formações Torres e Vale do Sol, com basaltos baixo-Ti, precedidas pela Formação Palmas, com andesitos e riodacitos. Pontualmente, tem-se basaltos da Formação Esmeralda. No Rio Grande do Sul, é possível observar a ocorrência de diques e soleiras em arenitos da Formação Botucatu e basaltos da Formação Torres. Autores sugerem que essas intrusões serviram como condutos para os derrames superiores do vulcanismo. O paleomagnetismo é uma ferramenta de extrema importância para a reconstrução paleogeográfica dos continentes, pois é a única técnica que permite inferir com precisão a paleolatitude das rochas durante a sua formação. Este trabalho consiste na análise da mineralogia magnética e do paleomagnetismo em 14 diques de composição básica/intermediária, pertencentes ao GSG, na região nordeste do Rio Grande do Sul. As intrusões amostradas cortam basaltos da Formação Torres, com exceção de um ponto, no qual a rocha encaixante são arenitos pertencentes à Formação Botucatu. Para a mineralogia magnética, foram utilizadas as técnicas de magnetização remanente isotérmica (MRI), curvas termomagnéticas, curvas de histerese e diagramas FORC. Para a caracterização paleomagnética das amostras, foram utilizadas técnicas de desmagnetização por campos alternados e térmica. Após aquisição dos dados paleomagnéticos, utilizando o software Remasoft, foi possível obter as componentes do campo geomagnético da área de estudo para o Cretáceo Inferior e, assim, determinar a direção do campo, sendo normal em todos os sítios paleomagnéticos analisados. Com os dados obtidos na mineralogia magnética, determinou-se que, nas intrusões, o mineral responsável pela característica magnética das amostras é a magnetita. Já nas rochas encaixantes, observou-se mistura de minerais magnéticos, como magnetita e hematita.

Palavras Chave

Paraná-Etendeka; Vulcanismo; Magnetismo de Rochas;

Área

TEMA 15 - Geofísica

Autores/Proponentes

Alana Gabrielli Baioco, Stephanie Lansoni Taborda, Jairo Francisco Savian, Carlos Augusto Sommer