51º Congresso Brasileiro de Geologia

Dados da Submissão


Título

MAPA DE ISOIETAS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARAOPEBA - DA MONTANTE ATÉ A SERRA DO CURRAL

Texto do resumo

A bacia hidrográfica do rio Paraopeba integra a região do Alto Rio São Francisco e contribui hoje com 28% do abastecimento de Belo Horizonte, e 48% da região metropolitana, movimentando atividades expressivas para economia de Minas Gerais, como a mineração e siderurgia. Devido à sua importância, é imprescindível conhecer a dinâmica de seus fatores físicos ao longo do tempo, incluindo a influência dos impactos naturais e antrópicos. A bacia está inserida na porção meridional do Cráton São Francisco, com uma área de cerca de 12000 km². Ela integra três compartimentos geológicos diferentes e se divide três trechos, desde a nascente do rio Paraopeba até a foz do Rio São Francisco: Embasamento Cristalino e Quadrilátero Ferrífero (alto-médio Paraopeba), e Bacia Intracratônica do São Francisco – Grupo Bambuí (baixo Paraopeba). A área de estudo possui aproximadamente 5000 km² e engloba todo o alto Paraopeba e parte do médio Paraopeba, iniciando-se no município de Cristiano Otoni, onde está a nascente do Rio Paraopeba, até o município de Mateus Leme, o qual abarca, entre outros, a Serra do Curral. A fim de entender a configuração pluviométrica na área, foi feito o Mapa de Isoietas, através do software Qgis, versão 3.32.0, utilizando-se de dados de séries históricas de oito estações pluviométricas, para definir as regiões que possuem igual precipitação. O método consiste em gerar a interpolação via Ponderação pelo Inverso da Distância dos pontos das estações pluviométricas em função do valor de precipitação média atribuído a cada uma. Os valores máximo e mínimo de precipitação, divididos em intervalos de 25 mm, foram, respectivamente, 1500 mm e 1325 mm. De maneira geral, a área possui uma pluviosidade característica entre 1400 e 1350 mm, com valores superiores somente na borda oeste. Os maiores valores, entre 1500 e 1475 mm, se concentram nos municípios de Resende Costa, Casa Grande e Cristiano Otoni, localizados na borda sul/sudoeste da área, onde começa o alto Paraopeba, na nascente do rio. É possível observar um fluxo de chuvas em direção à porção central e nordeste da área, passando pelos municípios Entre Rios de Minas, Jeceaba, Belo Vale e Brumadinho, que possuem os menores valores de precipitação (1350 e 1325 mm). Comparando as isoietas com a topografia da região, nota-se que as menores medidas de precipitação correspondem às àreas de menor altitude. Já a situação oposta, maior pluviosidade nas maiores altitudes, não foi um padrão observado. Essa caracterização por isoietas na região de estudo permite compreender como ocorre a distribuição pluviométrica na área e, de que forma ela é influenciada e se comporta com o fluxo de chuvas característico.

Palavras Chave

distribuição pluviométrica; rio Paraopeba; fluxo de chuva.

Área

TEMA 02 - Recursos Hídricos e Geociências Ambientais

Autores/Proponentes

Millena Menezes Marques, Rodrigo Sérgio de Paula, Paulo Henrique Ferreira Galvão, Wallace Maciel Pacheco Neto