Dados da Submissão
Título
CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E MINERALÓGICA DA JAZIDA DE OURO DE CÓRREGO BRANDÃO, GREENSTONE BELT RIO DAS VELHAS, QUADRILÁTERO FERRÍFERO
Texto do resumo
Resumo: Nos últimos anos, a busca por descoberta de novos depósitos de ouro partem para os estudos de terrenos de médio a alto grau metamórfico e mineralizações hospedadas em rochas não comuns no Quadrilátero Ferrífero (QF) no qual os principais depósitos de ouro estão hospedadas em formações ferríferas bandas (FFBs). A jazida de ouro Córrego Brandão (CBR) localiza-se próximo à cidade de Caeté, e insere-se na porção nordeste do Quadrilátero Ferrífero uma região polideformada, com falhas de direção NE-SW e dobras de vergência E-W. A proximidade com os granitoides e ortognaisses do Domo de Caeté (2.77 Ga), e a presença de um conjunto de rochas encaixantes e hospedeiras de protólito igneo, difere CBR de outras jazidas auríferas neoarqueanas do QF comumente hospedadas em FFBs. O objetivo dessa pesquisa é caracterização petrográfica, mineralógica e química das rochas hospedeiras e encaixantes, e entender sua influência para a gênese da jazida, através de mineralogia por DRX, petrografia macro/microscópica e química mineral. CBR é constituído na base estratigráfica por rochas metaultramáficas, na porção intermediária por rochas metamáficas, e no topo por rochas metavulcanossedimentares, com predominância de anfibolitos geralmente maciços a levemente foliados, variando de preto a verde-escuro, finos a grossos. São compostos essencialmente por hornblenda, tremolita e actinolita, com faixas de quartzo em veios, vênulas de carbonato fino discordantes da foliação e finas bandas de biotita; epidoto ocorre em cristais grossos sem orientação, possivelmente sendo produto de retrometamorfismo, grande quantidade de titanita também é identificada. Essa associação anteriormente citada, com a exceção de epidoto, indica uma associação de rochas de médio a alto grau metamórfico, caracterizando fácies anfibolito inferior. Anfibolitos envolvem um conjunto de rochas não usuais (metaultramáficas e metamáficas) que são as hospedeiras da mineralização. Essas hospedeiras estão posicionadas em um horizonte que marca uma zona de cisalhamento de 20 a 40 metros de espessura. Análises de DRX evidenciam a marcante presença de carbonatos (dolomita e siderita), que dão uma coloração creme a levemente esverdeada a rocha, além de evidenciar uma significativa contribuição hidrotermal e uma forte interação de fluido com as rochas encaixantes. Esse litotipos possuem a trama parcial ou totalmente deformada, com aspecto de milonito, apresentam forte atração magnética, textura porfiroblástica e granulação de média a grossa. Seus minerais essenciais compreendem carbonato, clorita, actinolita, tremolita, quartzo, granada e epidoto. O carbonato é o principal constituinte, ocorrendo em vênulas que transectam a foliação, os cristais são impuros, finos a grossos. Os principais minerais acessórios são magnetita, arsenopirita, pirrotita, calcopirita, pentlandita, pirita e ouro. O ouro ocorre associado e/ou incluso em cristais de magnetita, os teores mais elevados de ouro ocorre em uma associação pirrotita + magnetita + granada, indicando baixa quantidade de enxofre no sistema.
PALAVRAS-CHAVE: ouro; DRX; petrografia; mineralogia; química mineral
Palavras Chave
ígneas; petrogafia; Ouro; Química Mineral
Área
TEMA 09 - Recursos Minerais, Metalogenia, Economia e Legislação Mineral
Autores/Proponentes
Walace Carmo Fernandes, Rosaline Cristina Figueiredo e Silva, Mariana Brando Soares, Luiz Claudio Lima, Vitor Diniz Silveira, Armando José Massucatto