51º Congresso Brasileiro de Geologia

Dados da Submissão


Título

AEROMAGNETOMETRIA APLICADA À EXPLORAÇÃO MINERAL NOS ARREDORES DA MINA DE PAU BRANCO,SERRA DA MOEDA QUADRILÁTERO FERRÍFERO, BRASIL

Texto do resumo

A prospecção de corpos de minério de ferro potencialmente exploráveis pode ser realizada a partir de mapas indicativos de anomalias (assinaturas) magnéticas. Esses dados, por sua vez, são adquiridos de maneira não-invasiva através de levantamentos aerogeofísicos que, após aplicação de parâmetros de processamento adequados, podem indicar possíveis alvos para explorações mais minuciosas e direcionar, por exemplo, mapeamentos geológicos em detalhe e campanhas de sondagem em formações ferríferas bandadas potencialmente viáveis para exploração. Essa investigação geofísica, quando aplicada em uma província historicamente produtora de ferro como o Quadrilátero Ferrífero, possibilita um entendimento geológico e estrutural multifacetado dessa litologia tão procurada pelos diversos empreendimentos minerários de ferro na região. O presente trabalho tem como objetivo mostrar a produção e a interpretação dos mapas aeromagnéticos adquiridos na Mina de Pau Branco, Nova Lima/MG, e como sua utilização pode auxiliar na otimização do entendimento, modelamento e planejamento a médio-longo prazo da exploração da mina em questão e de seus arredores, no que diz respeito a prospecção de formação ferrífera bandada. Para isso, utilizou-se os mapas de aeromagnetometria, dados de furos de sondagem e mapeamento geológico de mina e brownfield. A área de estudo está situada na Serra da Moeda, oeste do Quadrilátero Ferrífero. Neste local, encontram-se rochas metassedimentares proterozoicas que pertencem ao Supergrupo Minas. Dados históricos e atuais revelam a presença de 11 litotipos diferentes (com seus respectivos valores médios de ferro) na área investigada: Itabirito Pobre Brando (36,17%); Itabirito Limonítico Pobre Brando (36,70%); Itabirito Pobre Compacto (38,12%); Itabirito Manganesífero Brando (44,33%); Itabirito Intermediário Brando (51%); Itabirito Limonítico Intermediário Brando (52,48%); Itabirito Rico Brando (61,06%); Itabirito Rico Compacto (62,87%), Hematita Branda (66%), Hematita Semicompacta (66,23%), Hematita Compacta (66,71%). Litotipos com teor de Al2O3 acima de 2% são chamados de Limoníticos, e aqueles acima de 1% de Mn são Manganesíferos. Os itabiritos existentes na região contêm relativo teor de magnetita, que é um mineral ferromagnético com elevada magnetização. Dadas as características do minério e o objetivo do trabalho em questão, foram aerolevantados, por VANT, 40 perfis magnetométricos, na direção EW e com espaçamento de 100 m entre si, resultando no cálculo do Campo Magnético Anômalo (CMA), de suas derivadas direcionais (Dx, Dy e Dz), do Gradiente Horizontal Total (GHT) e da Anomalia do Sinal Analítico (ASA). Através dos mapas magnéticos foi possível delimitar as prováveis áreas de ocorrência das BIF’s, contatos geológicos e estruturas regionais e locais na região da Serra da Moeda. Indícios de continuidade das BIF’s foram verificados em áreas além do conhecimento geológico atualmente existente no mapeamento de mina. Adicionalmente, foi possível estabelecer um melhor entendimento dos limites a serem explorados na região, assim como confirmar a malha exploratória.

Palavras Chave

Aerogeofísica Exploratória; Aeromagnetometria; Formação Ferrífera Bandada; Quadrilátero Ferrífero; Supergrupo Minas.

Área

TEMA 15 - Geofísica

Autores/Proponentes

Angelo Falci Amorim, Jorge Roncato, Guilherme Augusto Silva Prosdocimi, Crislene Moreira Silva, Marcos Vinicius Monteiro Carvalho, Leticia dos Santos Barbosa