Dados da Submissão

Título

CLASSIFICAÇÃO DA ARQUITETURA DEPOSICIONAL DOS LOBOS TURBIDÍTICOS DA FORMAÇÃO TACIBA, GRUPO ITARARÉ, NA REGIÃO DE DOUTOR PEDRINHO - SC

Texto do resumo

As sucessões sedimentares da Formação Taciba na região de Doutor Pedrinho – SC englobam sistemas turbidíticos na forma de lobos, formados num ambiente marinho relativamente profundo no Permiano inferior da Bacia do Paraná. Neste cenário, a classificação dos elementos arquitetônicos presentes nestes depósitos é de suma importância para melhor compreender os processos geradores, o sistema deposicional atuante e o paleoambiente em questão. O trabalho teve como objetivo buscar na literatura critérios para a classificação de elementos de arquitetura de lobos em afloramento e avaliar sua aplicabilidade nos referidos depósitos, onde a continuidade lateral dos afloramentos é limitada. Para este estudo, foi feito um levantamento bibliográfico sobre as classificações mais utilizadas para hierarquia de elementos arquitetônicos presentes nos leques submarinos, suas divisões internas, as diferentes fácies presentes em cada subambiente do leque, assim como os tipos de fluxo e processos envolvidos. Dentro do estudo dos processos atuantes, foi enfatizado o estudo dos fluxos gravitacionais de sedimentos, responsáveis pela deposição dos corpos areníticos no ambiente marinho profundo. Em seguida, foi realizado trabalho de campo nos municípios de Presidente Getúlio, Doutor Pedrinho e Ibirama (Santa Catarina) e levantados perfis estratigráficos contendo dados de litologia, textura e estruturas sedimentares em escala de detalhe. A análise da bibliografia acerca das sistemáticas de classificação de elementos arquitetônicos elucidou divergências no uso de termos, critérios de classificação e escalas de trabalho utilizadas em grande parte dos trabalhos até o presente. O perfil estratigráfico produzido neste trabalho mostrou padrões de empilhamento de estratos compatíveis com o modelo de Prélat et al. (2009), que utilizou como base a análise de afloramentos de um leque submarino da Bacia do Karoo. Assim, foi possível identificar elementos de lobo, interlobos e lobos, porém com algumas ressalvas a respeito das dimensões e dos critérios de subdivisão. A frequência de interlobos na forma de fácies heterolíticas aponta para um subambiente mais periférico do leque, como franja ou franja distal. A classificação utilizada neste estudo pode auxiliar na abordagem da caracterização de elementos deposicionais, bem como na intepretação de subambientes através da análise de afloramentos de complexos de lobos turbidíticos.

Palavras Chave

Leque Submarino; Ambiente Marinho Profundo; Elementos Deposicionais