51º Congresso Brasileiro de Geologia

Dados da Submissão


Título

ATLAS PETROGRÁFICO DO ARQUIPÉLAGO DE MARTIN VAZ

Texto do resumo

O Arquipélago de Martin Vaz formou-se a partir de uma das atividades vulcânicas mais recentes no território brasileiro. O Arquipélago de Martin Vaz é formado por três ilhas (Martin Vaz, Norte e Sul) e uma ilhota (Agulha), situadas no Oceano Atlântico Sul, a cerca de 1.200 km do município de Vitória, Espírito Santo. Ele está localizado no extremo leste da Cadeia Vitória-Trindade, caracterizada como um alinhamento de montes submarinos, bancos e ilhas ao longo do paralelo 20º30’ S. A Ilha de Martin Vaz, foco deste estudo, tem aproximadamente 0,37 km² e topografia com altitude máxima de 190 m. É constituída por depósitos piroclásticos, corpos intrusivos e fluxos de lavas. A origem da atividade vulcânica é atribuída, por alguns autores, à existência de uma pluma mantélica sob a Placa Sul-Americana. Outra hipótese relaciona a formação do arquipélago com a Zona de Fratura Vitória-Trindade, a qual teria permitido a transferência de magma do manto para a superfície. Um atlas fotográfico com as principais informações petrográficas e mineralógicas sobre a Ilha de Martin Vaz está sendo confeccionado com o objetivo de divulgar a geologia de um arquipélago do território nacional que ainda é desconhecido da sociedade brasileira. A Ilha de Martin Vaz é formada por rochas alcalinas subsaturadas em sílica e de composição ultrabásica (nefelinito, basanito e melanefelinito), básica (tefrifonólitos) e intermediária (fonólitos). As ilustrações do atlas mostram aspectos petrográficos das principais formações rochosas da ilha, quais sejam (da base para o topo): Formação Martin Vaz, Formação Pico das Gaivotas, Formação Mirante e Formação Atobá, sendo que esta última inclui o denominado Membro João da Nova. As rochas intermediárias foram identificadas na Formação Martin Vaz e na Formação Pico das Gaivotas. Elas têm textura traquitoide que inclui feldspatos e micrólitos de feldspatoides, e são compostas por fenocristais e microfenocristais de noseana, feldspato e clinopiroxênio. As rochas ultrabásicas estão inseridas na Formação Mirante e na Formação Atobá, sendo constituídas por fenocristais e microfenocristais de olivina e clinopiroxênio imersos em uma matriz microporfirítica de minerais opacos e vidro. O Membro João da Nova é formado por rochas de composição básica e intermediária com microfenocristais de noseana, clinopiroxênio, feldspato e biotita dispostos em uma matriz de minerais opacos e vidro. O público em geral poderá conhecer mais sobre esta parte remota do território nacional guiado pela estética proporcionada pelas fotomicrografias das rochas de Martin Vaz.

Palavras Chave

Atlas petrográfico; Popularização da Ciência; Arquipélago de Martin Vaz

Área

TEMA 01 - Geociências para a sociedade e Geoética

Autores/Proponentes

Gabriela Rodrigues Caitano, Hugo Lopes Carvalho, Anderson Costa dos Santos, Sérgio de Castro Valente, Mauro César Geraldes