Dados da Submissão
Título
ÍNDICES DE SENSIBILIDADE AMBIENTAL AO DERRAMAMENTO DE ÓLEO: ESTADO DA ARTE E TRENDS
Texto do resumo
Os ambientes costeiros são muito sensíveis e suscetíveis a ameaças naturais e antrópicas, tais como eventos de derramamentos de óleo. As ferramentas de preparação e resposta a derrames de petróleo são fatores-chave para gerir de maneira sustentável os ambientes e recursos costeiros. Nesse contexto insere-se a abordagem do Índice de Sensibilidade Ambiental (Environmental Sensitivity Index - ESI), iniciada no final dos anos 70 pela RPI International, Inc. e patrocinada pela NOAA (National Atmospheric and Oceanic Administration) nos Estados Unidos da América, para auxiliar na avaliação de impactos potenciais ao longo das linhas costeiras e a alocação de recursos durante e após um evento de derramamento de óleo. Com o mapeamento da sensibilidade ambiental ao óleo, sabe-se, com a devida antecedência, quais setores dos locais atingidos e suas proximidades são os mais sensíveis e devem receber maior atenção em caso de um acidente. Assim, desde então, mapas e dados ESI têm sido aplicados em todo o mundo para gerenciar os riscos de derramamento de óleo, fornecendo um resumo conciso dos recursos costeiros que estão em risco se ocorrer um derramamento de óleo nas proximidades. No Brasil, a primeira contribuição foi feita no âmbito da Petrobras, para estudos relacionados às suas instalações e atividades. O Ministério do Meio Ambiente do Brasil, com base nas propostas da NOAA, também elaborou, em 2002, o primeiro documento oficial visando padronizar a elaboração de Cartas de Sensibilidade Ambiental para Petróleo (Cartas SAO) no Brasil. Em 2004, essa metodologia foi reeditada com melhorias e ajustes, documento vigente até hoje. As ferramentas de preparação e resposta a derrames de petróleo são fatores-chave para gerir de maneira sustentável os ambientes e recursos naturais. A abordagem ESI foi aplicada com sucesso em várias linhas costeiras marinhas e continentais, condutas terrestres e estradas. Originalmente, os mapas ESI eram configurados como produtos cartográficos impressos. Com a incorporação dos Sistemas de Informação Geográfica (SIGs), os mapas ESI ganharam uma perspectiva digital, possibilitando correlações estáticas entre parâmetros biológicos e socioeconômicos por meio de diversas operações e métodos. Nos últimos anos, as abordagens ESI e de simulação foram combinadas para desenvolver avaliações quantitativas de risco, e a Inteligência Artificial (IA) e os algoritmos de aprendizagem profunda subsidiam classificações integradas de índices de sensibilidade. Embora desafiadores, os aspectos de avaliação e vulnerabilidade, tais como abordagens sazonais e multidimensionais, devem ser considerados nos mapas ESI, bem como a integração de sistemas de monitorização, detecção, decisão e resposta. Ao incorporar sistemas dinâmicos na abordagem, os mapas ESI tornam-se um Sistema de Sensibilidade Social e Ambiental (SESS - Social and Environmental Sensitivity System). Considerando tais premissas, este trabalho objetiva fornecer e apresentar uma revisão abrangente do desenvolvimento do conceito ESI, além de identificar, delinear e propor direções futuras (trends).
Palavras Chave
Análise de Vulnerabilidade a Derramamento de Óleo; Mapeamento do Índice de Sensibilidade Ambiental (ESI); Sistema de Sensibilidade Social e Ambiental (SESS)
Área
TEMA 08 - Sistemas petrolíferos, exploração e produção de hidrocarbonetos
Autores/Proponentes
Claudia Vanessa dos Santos Corrêa, Fernando Mazo D’Affonseca, Fábio Augusto Gomes Vieira Reis, Arthur Wieczorek, Lucília do Carmo Giordano, Mara Lúcia Marques, Flávio Henrique Rodrigues, Daiana Marques Costa, André de Andrade Kolya, Vinicius Mendes Veiga, Laila Milani Magalhães, Paulina Setti Riedel