Dados da Submissão
Título
COMPARATIVO DAS TÉCNICAS DOS MÉTODOS ELÉTRICO E ELETROMAGNÉTICO NA FALHA GEOLÓGICA DE TAQUARAL, MUNICÍPIO DE TIETÊ - SP.
Texto do resumo
O município de Tietê, está localizado ao norte da região metropolitana de Sorocaba, no estado de São Paulo. Sua geologia é composta por ambientes sedimentares e glaciais com intrusões relacionadas ao magmatismo Serra Geral na Bacia do Paraná. Os métodos elétricos e eletromagnéticos abrangem técnicas capazes de validar informações contribuindo na caracterização geológica e hidrogeológica. Com base em uma pesquisa antecedente, este trabalho tem o objetivo de analisar e comparar as respostas dos métodos de Resistividade (Rho), Polarização Induzida (IP) e Eletromagnético Indutivo (EM), na identificação da falha geológica de Taquaral. No método de Rho, utilizou-se o arranjo dipolo-dipolo com espaçamento de 20 m em seis níveis para o mapeamento de estruturas verticais e medir a resistividade em ohm.m. No método da IP, avaliou-se a capacidade de armazenamento de cargas elétricas do subsolo, medindo a cargabilidade em mV/V, usando procedimentos similares ao método de Rho. Ambos os métodos foram usados o software RES2Dinv para tratar os dados e gerar perfis. No método EM, usou-se o equipamento EM-34, com cabos de 10 e 20 m, medindo a condutividade em mmho/m ou mS/m. A interpretação dos dados e perfil foram realizadas com o software EM34-2D. O perfil de Rho do trabalho anterior apresentou 240 m de comprimento e 50 m de profundidade. A baixa resistividade na superfície indica solo alterado do diabásio, uma rocha de alta resistividade (>750 ohm.m). A Falha de Taquaral, localizada no centro do vale, entre 475 e 500 m de profundidade, apresenta baixa resistividade (< 250 ohm.m) devido a alteração e presença de água. O perfil de IP, realizado com o mesmo arranjo, detectou a falha com baixa cargabilidade (< 10.2 mV/V) em aproximadamente 130 m, enquanto zonas de alta cargabilidade (> 15.0 mV/V) correspondem ao diabásio. Comparando os métodos Rho e IP, ambos identificam zonas anômalas, mas com diferenças nas proporções. O método EM, com profundidade menor, em torno de 38 m, detectou maior condutividade (até 45 mS/m) entre 95 e 120 m de distância e baixa condutividade (< 15 mS/m) abaixo de 10 m, exceto entre 95 e 120 m, indicando a falha geológica. Comparando Rho e EM, houve a compatibilidade nas localizações da falha, presença de água e camada de solo, com o diabásio identificado como resistivo e de baixa condutividade no método EM. Os métodos geofísicos utilizados na pesquisa permitiram o mapeamento da falha geológica de Taquaral, cada um com seus níveis de resistividade, cargabilidade e condutividade. O método de resistividade (Rho) apresentou a melhor assinatura para identificar a falha, seguido pelo método Eletromagnético Indutivo (EM) que também foi eficaz. O método da Polarização Induzida (IP) forneceu respostas menos destacadas para a falha, evidenciando mais a proporção da rocha. Assim, os métodos demonstraram serem adequados para mapear esse tipo de estrutura, com potencial de aplicação em situações semelhantes.
Palavras Chave
métodos elétrico; método eletromagnético; falha geológica; perfil; resposta
Área
TEMA 15 - Geofísica
Autores/Proponentes
Angélica Aparecida Santos, Vagner Roberto Elis