51º Congresso Brasileiro de Geologia

Dados da Submissão


Título

Análise empírica de estabilidade dos stopes do Bloco F da mina de Morro Agudo – Paracatu/MG

Texto do resumo

A mineração subterrânea é reconhecida por sua precisão na seleção do minério em contraste com a mineração a céu aberto, onde há mais material estéril em relação ao minério. Contudo, para ser economicamente viável, deve-se controlar os custos em todas as etapas, como desenvolvimento de galerias, infraestrutura e transporte. A diluição na mineração é a presença indesejada de material estéril misturado com o minério durante a extração. Isso resulta em custos adicionais, pois aumenta os gastos de carregamento e transporte, além de exigir que a planta de processamento trate um material de menor teor para recuperar o minério desejado. Diante do impacto financeiro substancial decorrente da diluição, torna-se crucial a implementação de medidas para sua minimização. Isso sublinha a importância crítica do controle de estabilidade em escavações subterrâneas, cujo objetivo principal é reduzir a diluição, garantindo que a proporção entre material estéril e minério seja mantida no nível mínimo viável. Nesse cenário, tanto métodos numéricos quanto empíricos desempenham um papel fundamental como ferramentas valiosas para auxiliar na tomada de decisões essenciais ao longo de todo o projeto de mineração, sendo a motivação principal deste trabalho. Neste estudo, foi adotado o Método do Gráfico de Estabilidade Modificado como abordagem empírica para avaliar a estabilidade de stopes subterrâneos. Esse método foi desenvolvido especificamente para analisar a estabilidade de superfícies de stopes em grandes profundidades. Ele se baseia em dois parâmetros principais, o Número de Estabilidade Modificado (N’) e o Raio Hidráulico, para posicionar o stope em uma das zonas de estabilidade delineadas em um gráfico associado. Para o cálculo do N’, foram necessárias variáveis como: Q’ (Q de Barton modificado) e fatores A, B e C. Foram usadas medidas estruturais de toda a mina e calculadas suas principais famílias de descontinuidades para serem utilizadas na definição do fator B. Para o cálculo do Raio Hidráulico, foram utilizadas as medidas dos stopes planejados. A diferença média entre as diluições projetadas e as reais foi de 6,46%. Em relação às zonas de estabilidade, somente um caso coincidiu com a zona de estabilidade prevista e real. À medida que o bloco F se desenvolve progressivamente, com o aumento dos dados estruturais na região e a implementação de melhorias nos critérios de classificação geomecânica, é esperada uma redução significativa do erro percentual entre as diluições projetadas e as reais no futuro.

Palavras Chave

diluição; sublevel stoping; ELOS; Mineração; método do gráfico de estabilidade

Área

TEMA 03 - Risco Geológico, Geologia de Engenharia e Barragens

Autores/Proponentes

Dan Mothé Silva, Victor Lui Domingos Diniz Cambraia