Dados da Submissão

Título

CLASSIFICAÇÃO DE ESTILÓLITOS EM DEPÓSITOS CARBONÍFEROS DA BACIA DO SOLIMÕES

Texto do resumo

Os depósitos do carbonífero da Bacia do Solimões são compostos por rochas carbonáticas, evaporíticas e siliciclásticas pertencentes à Formação Carauari que correspondem a um paleoambiente do tipo sabkha costeiro com ciclos evaporíticos incompletos que representam as rochas selantes do sistema petrolífero Jandiatuba-Juruá (!). Nestes depósitos ocorrem estilólitos do tipo sedimentar que são estruturas de dissolução rugosas desenvolvidas durante a compactação química das rochas. O objetivo deste trabalho é descrever e classificar os estilólitos presentes nos depósitos carbonáticos da Formação Carauari e definir a quantidade de compactação química a que essas rochas foram submetidas. Os estilólitos foram descritos, contados e fotografados em testemunho de sondagem, permitindo a identificação de 453 estilolitos ao longo de 8 metros de rochas carbonáticas a quais foram considerados de acordo com a sua morfologia em estilólitos simples, retangulares, sismogramas e suturados. Os estilólitos predominantes nessas camadas são do tipo suturado, que correspondem a 70% dos estilolitos descritos. Eles são caracterizados por apresentarem um formato irregular com padrão serrilhado e presença de material insolúvel de óxido de ferro e argilominerais. Os estilólitos do tipo simples correspondem a 18% e possuem um padrão das cristas mais planas, enquanto que os estilólitos em sismogramas representam cerca de 7% e possuem um padrão com ondulações serrilhadas. Já os estilólitos com padrões retangulares são localizados com formas que se sobrepõem umas às outras e representam 5% do total de de estilolitos descrito. As imagens obtidas foram utilizadas no software CorelDRAW para as medidas das amplitudes dos estilólitos. As medidas foram inseridas na fórmula matemática para o cálculo da dissolução com a somatoria das três maiores amplitudes de cada estilólito dividido pela soma das amplitudes mais a espessura das camadas, multiplicadas por 100, que dão a taxa mínima de dissolução presentes nesses depósitos. De acordo com os cálculos estabelecidos, as taxas de dissolução para os depósitos carbonáticos da Formação Carauari ao longo dos testemunhos descritos variam de 7% a 31%. Esses dados mostram que a presença da dissolução química teve influência nos depósitos carbonáticos que fazem parte das rochas selantes do sistema petrolífero Jandiatuba-Jutuá(!) durante a diagênese desses depósitos e que pode ter funcionado como barreira para a migração do petróleo para as camadas superiores.

Palavras Chave

Bacia do Solimões; Carbonífero; Formação Carauari; ; Estilólitos.