Dados da Submissão

Título

A IMPORTÂNCIA DA COLEÇÃO GEOLÓGICA DA FEBF/UERJ PARA PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO

Texto do resumo

O patrimônio geológico abrange recursos naturais e não renováveis (formações
rochosas, estruturas e pacotes sedimentares, formas de relevo e paisagens,
depósitos minerais e fossilíferos) e, também, inclui coleções de objetos geológicos
que têm algum valor científico, educativo, cultural ou recreativo, podendo ser
classificado como in situ e ex situ. Nesse contexto, nasce a coleção geológica da
Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (FEBF/UERJ), com o objetivo de
tornar mais lúdico e prático os conteúdos das aulas de “Elementos da Geologia”
do curso de licenciatura em Geografia. O projeto iniciou-se com alguns materiais
(minerais, rochas e fósseis) que estavam dispersos na universidade, e que
necessitavam ser inventariados e catalogados. Por ser uma coleção nova, como
método para a sua expansão, foi criada uma lista para aquisição de novos
materiais, que foram adquiridos através de parcerias com instituições de ensino e
pesquisa, proporcionando um aumento na quantidade de objetos. Como
resultados, hoje a coleção é constituída pelos seguintes materiais: Minerais -
grafita, hematita, galena, calcita, dolomita, malaquita, apatita, piromorfita, gipsita,
quartzos (ágata, prásio e ametista), feldspatos (microclínio), rodonita, turmalina, ,
muscovita, biotita, talco, cianita, topázio, goethita, fluorita, enxofre. Rochas
sedimentares - arenito, calcário (travertino, oolítico e pisolítico, argiloso), siltito,
coquina. Rochas ígneas intrusivas - granito, pegmatito, sienito. Rochas ígneas
extrusivas – basalto, andesito. Rochas metamórficas - quartzito, mármore,
gnaisse, filito, xisto, ardósia e anfibolito. Fósseis- peixes e vegetais da Bacia do
Araripe, moluscos da Bacia de Itaboraí e mamíferos da megafauna de Baixa
Grande na Bahia (costela e vértebra de Eremotherium laurilardi). Esses materiais
foram catalogados, organizados e estão armazenados em prateleiras na sala 210
da faculdade. Atualmente, vem sendo elaborada uma lista para aquisição de
novos materiais geológicos. Buscam-se novas parcerias com instituições
científicas e órgãos governamentais para a ampliação da coleção. Fotografias dos
objetos geológicos catalogados foram retiradas e estão expostas no site
“Geossistemas Baixada”. Algumas dificuldades encontradas em relação ao
desenvolvimento do projeto calcam-se no insuficiente espaço físico da
universidade, pois a sala 210 funciona como sala de aula, mapoteca, sala de
geoprocessamento e, agora, litoteca,; então, percebe-se que há um grande
contingente de pessoas e funções para um único espaço. Entre 13 e 17 novembro
de 2023 foi realizada uma exposição aberta ao público na faculdade, com os
objetos da coleção geológica, junto com os materiais da geodiversidade (minerais,
rochas e fósseis), biodiversidade (vertebrados e invertebrados armazenados em
potes com álcool 50°) e histórico-culturais (2ª guerra mundial e escravidão) da
Sala de vivências holísticas da Escola Municipal Hebert Moses (Jardim
América/RJ), tendo uma aceitação bem favorável entre discentes, funcionários e
público em geral. A coleção geológica vem sendo idealizada não somente para
estar fixa na universidade, mas para ser itinerante, podendo ser útil, também, para
um público fora do espaço acadêmico. Pode-se concluir que o manuseio dos
objetos geológicos presentes na coleção vem facilitando de maneira prática o
ensino-aprendizagem dos termos técnicos em Geologia.

Palavras Chave

PALAVRAS-CHAVE: Patrimônio geológico ex situ; Coleção didática; Ensino- Aprendizagem