51º Congresso Brasileiro de Geologia

Dados da Submissão


Título

ELETRORRESISTIVIDADE VERTICAL APLICADA A DETERMINAÇÃO DE NÍVEL FREÁTICO E CONTATO SOLO/ROCHA EM POÇO NA CHAPADA DOS VEADEIROS GOIÁS

Texto do resumo

A pesquisa foi realizada na Chapada dos Veadeiros em Goiás, localizada no Planalto Central a região que tem grande concentração de nascentes, é considerada importante para a recarga de aquíferos e manutenção de importantes bacias hidrográficas brasileiras. A área de estudo está em uma área de campo limpo em cerrado de altitude onde afloram os metarritmitos da Formação Serra da Boa Vista pertencentes ao Grupo Paranoá. Foram instalados um piezômetro e um experimento capaz de medir a eletrorresistividade em seção vertical. No experimento, desenvolvemos um sistema com cabo multieletródico que foi instalado em um poço. Dados preliminares, sugerem ser possível interpretar um modelo geofísico relacionado ao perfil de solo e rocha do poço, além de determinar o nível freático.
A eletrorresistividade é comumente realizada com o caminhamento elétrico em seções horizontais, no entanto pouco fala-se de eletrorresistividade em seções verticais. Para realizar as medições de eletrorresistividade de forma vertical, desenvolvemos uma sonda com cabo específico ligado a um eletrorresistivímetro, que pode ser inserido em um furo a trado para a injeção de corrente elétrica em subsuperfície. Para criar o cabo utilizou-se um conector Amphenol macho de 36 pinos, 36 fios de cobre de 2 milímetros, 36 abraçadeiras de aço inox de 40 milímetros, e 3 metros de tubo de PVC. As 36 abraçadeiras de aço inox foram dispostas ao longo do tubo de PVC espaçadas em 8 centímetros e soldadas a fios de cobre estanhados ligados respectivamente, aos 36 pinos do conector Amphenol, de acordo com o padrão de saída do conector fêmea do eletroresistivímetro Syscal Pro. O sistema foi introduzido em um furo de 2,9 metros de comprimento e 3 polegadas de diâmetro em subsuperfície aberto por um trado motorizado. Para garantir o bom acoplamento dos eletrodos (abraçadeiras), aterrou-se com areia fina os espaços que ficaram em torno do cabo e a parede do furo. Os arranjos elétricos testados no experimento foram o Dipolo-Dipolo, Wenner e Wenner-Schlumberger. Para realizar as medidas de eletroresistividade o cabo dentro do furo foi conectado ao eletroresistivímetro Syscal Pro. Os dados foram filtrados no software Prosys 2 e invertidos no programa Res2dinv. Além disso, outro furo de 3 metros foi aberto ao lado, e instalou-se um piezômetro, para obter a medida direta do nível freático e auxiliar na interpretação do perfil geofísico.
Ao comparar os dados elétricos processados e a descrição do perfil de solo/rocha do furo onde foi instalado o experimento, foi possível correlacionar os valores de resistividades coletadas ao longo do furo com o nível freático e o limite solo/rocha. Os arranjos elétricos Dipolo-Dipolo, Wenner e Wenner-Schlumberger, exibiram o contraste solo/rocha e o nível freático.
Dessa forma, conclui-se que é possível utilizar a eletrorresistividade em seção vertical com o uso do sistema com cabo multieletródico desenvolvido, quando o objetivo é determinar contrastes de valores de resistividade ao longo de um perfil, que podem ser correlacionados às diferentes camadas de solo e rocha, além de determinar o nível freático.

Palavras Chave

PALAVRAS-CHAVE: Eletrorresistividade; Nível freático; Hidrogeofísica; Chapada dos Veadeiros Goiás.

Área

TEMA 15 - Geofísica

Autores/Proponentes

Teotônio Menezes Macedo, Gabriel Simões Ribeiro Guimarães Freitas, Heitor Valentim Rampini Veiga, Maria Luísa Nogueira Nascimento, Marcelo Henrique Leão-Santos, Rodrigo de Almeida Heringer, Luciano Soares da Cunha, Welitom Rodriges Borges