Dados da Submissão

Título

ALTERAÇÃO HIDROTERMAL, ESTILOS DE MINERALIZAÇÃO E GEOQUÍMICA DO DEPÓSITO SANTA LÚCIA, PROVÍNCIA CARAJÁS.

Texto do resumo

O depósito de Cu-Au-(Bi-Sn-W-Mo) Santa Lúcia localiza-se no Domínio Carajás, porção sudeste do Cráton Amazônico, sendo considerado um dos novos alvos de exploração da empresa OZ Minerals. Classificado como um depósito raso, de baixa tonelagem e alto teor, o Santa Lúcia chama bastante atenção por conta de suas peculiaridades a respeito de sua gênese e evolução. Quanto a sua gênese e teor mineral, o depósito Santa Lúcia pode ser considerado um depósito do tipo granite related, assim como os depósitos de Breves e Estrela, que possuem mineralização de óxidos de cobre e ouro empobrecidos ou sem grandes concentrações de ferro, ao contrário dos IOCG, porém, apesar de estudos prévios, o depósito ainda carece de mais informações. O depósito está inserido ao longo de diversos depósitos IOCG arqueanos, embora tenha sido por muito tempo considerado sendo um corpo paleoprotezoico. Neste trabalho, seis furos de sondagens foram estudados que mostram halos de alteração hidrotermal e cincos estilos principais de mineralização. Ademais, corpos intrusivos na forma de pegmatitos também foram identificados. As rochas encaixantes das mineralizações de cobre do depósito Santa Lúcia correspondem principalmente a rochas vulcânicas félsicas correlatas às arqueanas do Grupo Grão-Pará e granitoides de idades desconhecidas, que sofreram intensa alteração hidrotermal, exibindo feições de greisen type através da paragênese de muscovita + turmalina + quartzo. As rochas encaixantes ainda exibem porções de milonitos formados a partir do fluido hidrotermal, bem como clorita + quartzo, e alteração potássica em decorrência a alteração hidrotermal. As zonas hipogênicas do depósito são caracterizadas por cincos estilos de mineralização, formadas a partir de um mesmo evento hidrotermal. As mineralizações são evidenciadas a partir de (i) calcopirita disseminada ao longo da foliação das rochas encaixantes; (ii) bolsões de calcopirita ocorrendo junto da encaixante; (iii) veios de quartzo exibindo calcopiritas; (iv) brechas de quartzo e calcopirita; (v) sulfetos maciços representados por calcopirita. As zonas mineralizadas são compostas por calcopirita, pirita e por vezes esfalerita e molibdenita, e compõem a zona hipogênica do depósito. A alteração supergênica das zonas mineralizadas formam assembleias de minerais como bornita, calcoita, cuprita, cobre nativo, malaquita e crisocola, que definem zonas transicionais e oxidadas. Ademais, geocronologicamente, recentemente o Santa Lúcia foi posicionado como um corpo arqueano, se tornando o depósito granite-related empobrecido em óxidos de ferro mais antigo do DC. Estes resultados indicam que o Santa Lúcia é um depósito particular dento da CP, onde os depósitos de cobre vão além dos típicos IOCG da Zona de cisalhamento de Canaã.

Palavras Chave

Santa Lúcia; Domínio Carajás; Cobre; IOCG; granite-related.