51º Congresso Brasileiro de Geologia

Dados da Submissão


Título

AVALIAÇÃO GEOLÓGICA EM ROCHAS METASSEDIMENTARES PROTEROZÓICAS PARA ROTEIRO DE PERIGO E RISCO GEOLÓGICO EM LOCAIS TURÍSTICOS DE AVENTURA

Texto do resumo

A Serra do Espinhaço e o Quadrilátero Ferrífero, com sua rica geodiversidade de unidades proterozóicas e deformação intensa e complexa modelaram um relevo acidentado, que atraem turistas pela beleza cênica e atividades de aventura em suas paisagens e cachoeiras. A resposta diferenciada dessas rochas aos processos intempéricos e erosivos formou serras entrecortadas por vales encaixados, propiciando a instalação de um mosaico de fitofisionomias que engloba campos rupestres, matas ciliares e matas montanas que compõem paisagens de grande apelo turístico. Essas regiões serranas oferecem atividades turísticas de contemplação da paisagem e esportes de aventura. No entanto, essas atividades, especialmente nas cachoeiras, envolvem riscos geológicos significativos. A instabilidade de blocos rochosos e a ocorrência de enxurradas, são exemplos de perigos que podem causar acidentes graves, como o desastre ocorrido em Capitólio, onde a queda de grandes blocos de rocha resultou em mortes e feridos. O estudo teve como objetivo fazer a análise de risco geológico em áreas de interesse turístico e lazer, conciliando levantamentos geológicos realizados em campo e imagens adquiridas por sobrevoo de drones e reconstituídas em visualização 3D. Foram selecionadas três quedas d’água de intenso uso turístico, existentes tanto em unidades de conservação quanto em terrenos particulares, explorados financeiramente pelos proprietários. São elas: cachoeira de Chica Dona, da Candeia, no centro leste do Quadrilátero Ferrífero (QFe), esculpidas em meta-quartzoarenitos do Grupo Maquiné, e Dom Bosco, situada no centro sudoeste do QFe. Os estudos realizados mostram, localizadamente a existência de blocos rochosos onde a relação dos planos estruturais com as superfícies da escarpa das cachoeiras de Chica Dona, sobretudo, indicam potencial risco de deslizamento de blocos. Nas demais cachoeiras, o risco é significativamente menor. Se faz necessária a comparação da situação de risco em diferentes períodos, nas estações chuvosas e de estiagem, para avaliar o efeito das águas nas superfícies mais sensíveis a propiciar deslocamento rochoso. Espera-se, a partir destes estudos, criar também um roteiro de procedimento para a avaliação do risco geológico de cachoeiras desenvolvidas em rochas similares àquelas estudadas.

Palavras Chave

Risco Geológico; Fotogrametria; Turismo de Natureza; Turismo de Aventura.

Área

TEMA 04 - Geodiversidade, Geoturismo e Geoconservação

Autores/Proponentes

Luana Gabriela Diogo Gomes de Faria, Frederico Moreira Freitas, Emílio Evo Magro Corrêa Urbano, Paulo de Tarso Amorim Castro, Daniele Lorrainne Cunha Teixeira