Dados da Submissão
Título
CONTROLE ESTRUTURAL DA MINA LINK DE Zn-Pb-Cu-(Ag)-(Au) EM ARIPUANÃ (MT) E IMPLICAÇÔES METALOGENÉTICAS
Texto do resumo
O depósito de Zn-Pb-Cu-(Ag)-(Au) de Aripuanã (MT) é composto quatro corpos de minério, orientados de W-NW/E-SE com mergulho para norte e denominados como Arex, Link, Ambrex e Babaçu. A região faz parte da Província Rondônia-Juruena, no sudoeste do Cráton Amazônico. As rochas hospedeiras da mineralização têm uma história episódica com lacunas ainda não endereçadas. As rochas encaixantes do minério, são metavulcanossedimentares do Grupo Roosevelt de idade estateriana (~1,7 Ga). A intrusão mais próxima, o Granito Aripuanã, não apresenta sinais de deformação, e tem idade calimiana (~1,5 Ga). Essas idades apontam uma curta janela de deformação, de aproximadamente 230 Ma. A evolução estrutural do depósito foi abordada por pesquisas prévias, no entanto, as interpretações foram geradas pela integração de dados de sensoriamento remoto, descrição de alguns afloramentos e testemunhos de sondagem. Esses trabalhos determinam que houve uma deformação mais forte nas rochas do embasamento, que gerou feições miloníticas, mas que não são observadas nas rochas do Grupo Roosevelt. O modelo vigente propõe que a mineralização ocorre em dobras fechadas e desarmônicas, associadas a um alto grau de deformação dúctil. A presente pesquisa objetiva fazer uma revisão do modelo estrutural e metalogenético, visando a compreensão de controles geoquímicos para fins geometalúrgicos. Diferente dos modelos propostos até então, o modelo desenvolvido pela presente pesquisa tem uma elevada complexidade estrutural justificada por uma deformação progressiva, dúctil de baixo grau deformacional, com posterior estágio rúptil-dúctil a rúptil. Desde 2019, todos os testemunhos de sondagem da exploração são orientados e em 2021 foi implementada uma rotina de mapeamento geológico de subsolo sistemático. O mapeamento e trabalho de campo são fundamentais para desenvolver a Geologia Estrutural. Entretanto, tão (ou mais) relevante que a coleta de dados, é interpretação do que foi observado. Baseado nos teores de enxofre e utilizando técnicas de projeção de máxima intensidade (maximum intensity projection - MIP) com o uso do software de modelagem Leapfrog, foi concebido um novo modelo para a mina Link. As evidências de campo apontam que os falhamentos são as estruturas que segmentam a mineralização da mina Link, mas sua cinemática e alocação no tempo ainda necessitam de mais informações. Próximo às zonas mineralizadas, a foliação regional, que mergulha para N-NE/60-70°, fica mais vertical e localmente mergulha para S-SW/80°. As estruturas mapeadas são correlatas a um sistema de Riedel, onde foram identificados todos seus planos Y, R, R´, T, X e P. Esses planos de falha limitam e segmentam o corpo Link em ao menos 10 corpos.
Palavras Chave
Zinco; Chumbo; Cobre; modelamento; maximum intensity projection
Área
TEMA 09 - Recursos Minerais, Metalogenia, Economia e Legislação Mineral
Autores/Proponentes
Fernando Lucas dos Santos Peixoto de Villanova, Pedro Maciel de Paula Garcia