Dados da Submissão

Título

Caracterização da trama magnética e do estilo estrutural do Complexo Alcalino Rio do Peixe, TO

Texto do resumo

Corpos alcalinos exibem grande variabilidade em sua gênese, alojamento, geoquímica e contexto tectônico, demandando abordagens diferenciadas para sua caracterização em relação a outras rochas ígneas. Enquanto estudos descritivos, como mapeamento geológico, são importantes, a aplicação de métodos quantitativos como geofísica e geoquímica se torna crucial para um entendimento aprofundado. No entanto, a Faixa Brasília, especialmente seus corpos alcalinos pré-cambrianos, carece de investigações quantitativas. Este estudo visa suprir essa lacuna através da análise estrutural e magnética do Complexo Alcalino Rio do Peixe (CARP), localizado na região de Jaú do Tocantins (TO). O CARP é um corpo alongado na direção N-S com 30 km x 7 km, composto por um núcleo de nefelina-sienito e bordas sieno-graníticas, cortado por expressivos corpos pegmatíticos ricos em megacristais de zircão, turmalina e coríndon. A idade de alojamento do complexo é controversa, com trabalhos prévios sugerindo tanto o Paleoproterozoico quanto reativações durante o ciclo Brasiliano. Para investigar a estrutura e o arcabouço magnético do CARP, foram coletados dados de Anisotropia de Suscetibilidade Magnética (ASM), de Anisotropia de Remanência Magnética (ARM) e dados microtectônicos. Os resultados demonstram que os bandamentos presentes na região não são exclusivamente ígneos ou tectônicos, mas refletem uma interação complexa entre esses processos. Tanto as foliações quanto os lineamentos magnéticos exibem uma orientação preferencial N-S, corroborada pela coaxialidade observada entre as tramas de ASM e ARM. A análise integrada dos dados, em comparação com dados de corpos alcalinos do oeste africano, sugere uma idade de colocação brasiliana para o CARP, em detrimento da idade paleoproterozoica previamente proposta.

Palavras Chave

Anisotropia Magnética; FAIXA BRASÍLIA; Rochas Alcalinas; Plutonismo