Dados da Submissão
Título
EMPRESAS COMO ESPAÇOS NÃO FORMAIS DE EDUCAÇÃO: UM RELATO DA EXPERIÊNCIA DO CENTRO DE PESQUISAS DA PETROBRAS
Texto do resumo
A prática de ensino utilizada atualmente em escolas, por vezes, adota o modelo de educação bancária ou depositária, onde o professor é o foco e detentor do conhecimento. As mudanças na sociedade exigem adequação, visto que as metodologias são do século XIX, os docentes do século XX e os discentes do século XXI. A deficiência na disseminação das geociências é ainda maior, dada a distância que prevalece entre instituições e a indústria e entre a ciência e a sociedade brasileira. O início de um processo sistemático de popularização da Geologia no Estado do Rio de Janeiro iniciou-se somente no início dos anos 2000 e a importância das metodologias ativas para a fixação do conteúdo exposto em sala de aula vem sendo amplamente ressaltada, principalmente através da prática. No Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação Leopoldo Américo Miguez de Mello (CENPES-PETROBRAS), um dos maiores complexos de pesquisa aplicada no mundo, com cerca de 110 laboratórios e plantas piloto, também há espaço para disseminação das ciências da terra para a sociedade. O laboratório de Rochas, um dos locais mais visitados do CENPES, tem funcionado como um espaço não formal de educação, promovendo a divulgação de conhecimentos geocientíficos, especialmente sobre Geologia do Petróleo, através de abordagens expositivas dialogadas e direcionadas principalmente aos estudantes da rede básica pública de ensino, que têm os seus conhecimentos prévios valorizados, favorecendo a aprendizagem significativa. Uma das várias metodologias empregadas é a experimentação. Durante a visita, é possível entender o complexo sistema que reside em um centro de pesquisas. Ao entrar em contato físico com rochas e fósseis, a curiosidade é aguçada, a ciência e a natureza se aproximam e eventos científicos têm sua importância exaltada. São disponibilizadas lupas e microscópios para visualização das rochas e entendimento de sua gênese, possibilitando que os alunos sejam protagonistas na construção do seu conhecimento. Um outro recurso adotado foi o uso de um cordel temático que aborda sobre a formação do petróleo. O uso da literatura de cordel por ter ritmo, métrica e fazer uso de linguagem coloquial pode favorecer a aproximação do aluno a temas complexos, permitindo a popularização de diversos conhecimentos científicos. Utilizando técnicas de metodologia ativa, os pesquisadores do CENPES buscam a forma mais simples e efetiva de polinizar o conhecimento de disciplinas aplicáveis no desenvolvimento científico em crianças e adolescentes, mostrando que também há espaço para alunos de escolas públicas se tornarem geocientistas.
Palavras Chave
popularização das geociências; metodologias ativas de ensino; Geologia do Petróleo
Área
TEMA 05 - História e difusão das geociências
Autores/Proponentes
SUERDA SHYRLEY SILVA SOUZA, PABLO LUIGI DAMASCENO