51º Congresso Brasileiro de Geologia

Dados da Submissão


Título

CORRELAÇÃO DE CICLOS TRANSGRESSIVOS E REGRESSIVOS NOS POÇOS DO CAMPO DE RABO BRANCO, BACIA SERGIPE-ALAGOAS

Texto do resumo

Desde o início da exploração de hidrocarbonetos no Brasil, a Bacia de Sergipe-Alagoas tem sido objeto de estudos sistemáticos. Essa bacia, uma das mais importantes do país, abriga o Campo de Rabo Branco, situado entre as cidades de Santo Amaro das Brotas e Nossa Senhora do Socorro, no estado de Sergipe. A Formação Muribeca, integrante desta bacia, desempenha um papel crucial como uma das principais produtoras de hidrocarbonetos no campo. Essa formação geológica registra a transição das condições continentais para marinhas durante o processo de quebra do supercontinente Gondwana. ela é composta por: sedimentos clásticos grossos do Mb Carmópolis; evaporitos do Mb Ibura; e intercalações de sedimentos finos do Mb Oiteirinhos. O propósito deste estudo é conduzir correlações estratigráficas de sequências para os poços que podem ser correlacionados desde a base do Mb Carmópolis/Ibura até o topo do Mb Oiteirinhos. Esses poços foram agrupados em cinco grupos, compartilhando critérios de proximidade lateral e ciclos transgressivos/regressivos em comum. Para alcançar esse objetivo, foram utilizados os perfis elétricos: Gamma Ray (GR) que fornece informações sobre a radioatividade natural das rochas e ajuda a identificar diferentes litologias; o Sônico (DT) que mede a velocidade de propagação das ondas sísmicas, auxiliando na estimativa da porosidade, do grau de compactação das rochas e das constantes elásticas da rocha e o de Densidade (RHOZ) que indica a densidade bulk das rochas e é útil para estimar a porosidade. Os grupos A e B destacam-se por apresentarem o maior número de poços passíveis de correlação, totalizando cinco e quatro, respectivamente. Ambos os grupos exibem, no mínimo, dois ciclos transgressivos e um regressivo. Em contrapartida, os grupos C, D e E, que se seguem na sequência, dispõem de apenas dois poços cada. Estes estão vinculados a um ciclo transgressivo e regressivo, evidenciando uma menor complexidade estratigráfica quando comparados aos grupos A e B. A interpretação dos dados sugere que os poços situados na parte baixa da área estudada são mais vulneráveis e propensos aos eventos de regressão e transgressão marinha. Por outro lado, os poços localizados na parte alta parecem estar menos expostos a tais eventos.

Palavras Chave

Exploração; PERFIS ELÉTRICOS; Estratigrafia de Sequência.

Área

TEMA 08 - Sistemas petrolíferos, exploração e produção de hidrocarbonetos

Autores/Proponentes

Luana Áfele Oliveira, Samuel Monteiro Farias, Karolline Dewanele Rocha, Silvio Reis Oliveira