51º Congresso Brasileiro de Geologia

Dados da Submissão


Título

ESTUDO DE LINEAMENTOS TECTÔNICOS E SISMICIDADE DO PANTANAL

Texto do resumo

A Bacia Sedimentar do Pantanal (BSP) é uma das mais importantes da América do Sul, com evidências de tectônica ativa. Localizada no SW do Brasil, a leste da Bolívia e a norte do Paraguai, ocupa extensa área, abrangendo os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A BSP está inserida na Bacia Hidrográfica do Alto Paraguai (BHRP) circundada pelos Planaltos: Maracaju-Campo Grande e Taquari-Itiquira ao leste, dos Guimarães e Parecis ao norte, do Urucum-Amolar ao oeste e da Bodoquena ao sul. É caracterizada por falhas transcorrentes E-W e N-S, que ocupa uma área de aproximadamente 140.000 km². A geometria da bacia sedimentar está marcada por importantes falhas. Os objetivos deste trabalho foi mapear os principais lineamentos tectônicos e sua relação com a sismicidade. O software ArcMap 10.5 foi utilizado para a extração e delimitação dos principais lineamentos da BSP. Os resultados evidenciaram que a sismicidade na região está marcada por um feixe de lineamentos de direção N 45º, denominado Lineamento Transbrasiliano, caracterizado por movimentações de falhas transcorrentes com direções E-W e N-S, provocando constantes sismos na região pantaneira. Os dois maiores sismos ocorridos na BSP foram o de Miranda de 1964, com magnitude 5.4, e de Coxim de 15 de junho de 2009, com magnitude 4.8 na escala Richter. Ambos resultaram de falhamento inverso, com uma profundidade aproximada de 5 km. Em 2015 foram registados 187 sismos, sendo aproximadamente 27% (51) dos eventos foram considerados desmontes com magnitudes entre 1.5 e as 2.7 ML, enquanto os sismos variaram de 0.1 a 4.7ML. A tectónica ativa, causa sismos mas pode também originar alterações no relevo.

Palavras Chave

neotectônica; Geoprocessamento; Bacia Sedimentar Intracratônica; Mecanismo focal

Área

TEMA 17 - Tectônica e Evolução Geodinâmica

Autores/Proponentes

Posperette Amilcar, Edna Maria Facincani, Iata Anderson de Souza, Elias Rodrigues da Cunha