Dados da Submissão
Título
DEVONIANO NA BACIA DO PARANÁ: METODOLOGIA DE CONFECÇÃO DE PERFIS ESTRATIGRÁFICOS APLICADA À PROSPECÇÃO DE FOSFATO DA FORMAÇÃO PONTA GROSSA
Texto do resumo
Os agrominerais são fundamentais para a agricultura, pois podem ser utilizados para remineralização de solos, a partir da rochagem, e/ou para fornecimento de matéria-prima para fertilizantes. Diante disso, a prospecção de rochas fosfatadas, seja sua gênese sedimentar ou ígnea, é de suma importância, tendo em vista que o fósforo (P) é um dos três elementos fundamentais para a indústria de fertilizantes: o NPK. Nesse sentido, justifica-se o estudo da Bacia do Paraná, descrita como uma das mais imponentes bacias intracratônicas do Brasil. Hodiernamente, há registros bibliográficos geocronológicos de sedimentação desde o período ordoviciano (Supersequência Rio Ivaí) ao Cretáceo (Supersequência Bauru); entretanto, o foco deste trabalho é o período Devoniano (Supersequência Paraná). A Supersequência Paraná foi dividida nas Formações Furnas, Ponta Grossa e São Domingos (tem-se o membro Tibagi, como subdivisão do último). O ambiente de deposição destes sedimentos é relacionado a ambientes costeiros, marinhos rasos e plataformais. Sabe-se que estes ambientes são favoráveis a mineralizações de fosfato. Por isso, o objetivo deste trabalho é apresentar a metodologia da construção de perfis estratigráficos com foco na prospecção de fosfato, relacionados à sequência devoniana da Bacia do Paraná. Para a elaboração dos perfis foram utilizados dados coletados em outras fases do projeto como litoquímica, petrografia e geofísica. Estas informações foram utilizadas para fazer um refinamento da identificação de fácies, bem como inferir o ambiente deposicional, cuja finalidade é entender a distribuição e concentração de fosfato na região. As fácies foram inseridas nos programas Strater 5 e Microsoft Excel. Para fazer a representação e acabamento do perfil, usou-se o Programa Adobe Illustrator. Ademais, também foi elaborado o perfil de furo de sondagem de 260 m de profundidade na área de estudo, no qual foi possível identificar as formações estudadas e fazer a correlação das fáceis com os afloramentos de campo. Com relação aos resultados, embora os teores de fosfato observados em todos os perfis sejam baixos (<1,0%), a Formação Ponta Grossa apresentou enriquecimento em relação às outras formações. No furo supracitado destaca-se ocorrência na formação Ponta Grossa com teores de até 2,0% de P, concordante com as observações feitas durante a confecção dos perfis estratigráficos. Por fim, chega-se à conclusão que a metodologia de confecção de perfis estratigráficos foi importante para identificar as fácies fosfatadas e auxiliar na interpretação geológica de cada afloramento estudado, além de representar visual e didaticamente a distribuição de fósforo, tornando-se etapa fundamental na prospecção de fosfato na Bacia do Paraná e demais bacias sedimentares.
Palavras Chave
prospecção; Agromineral; fosfato; Estratigrafia
Área
TEMA 14 - Agrominerais, Rochagem, Rochas Ornamentais e Gemologia
Autores/Proponentes
Roberth Lincon Matos Silva dos Santos, Tamara Reginatto Manfredi, Vicente Sérgio Costa