Dados da Submissão

Título

DO NANQUIM À ERA DIGITAL: A EVOLUÇÃO DAS CARTAS GEOLÓGICAS NO SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL

Texto do resumo

As cartas geológicas constituem um dos principais produtos do Serviço Geológico do Brasil/SGB-CPRM. No entanto para alcançar uma maior clareza de informação e funcionalidade dessas cartas, exigiu-se ao longo do tempo uma melhoria dos princípios de design e comunicação visual na sua produção. Para explorar esses avanços, avaliamos cartas geológicas de diferentes períodos de publicação, comparando a linguagem e o estilo de comunicação desses produtos. As cartas mais antigas foram desenvolvidas de modo rudimentar, desenhadas à mão, com lápis e nanquim em papel vegetal. O processo cartográfico consistia na integração de overlays parciais contendo um conjunto de informações geológicas extraídas das observações de campo e fotointerpretações, cujos traçados eram realizados por análise estereoscópica, técnica frequentemente empregada para o desenho de mapas em décadas passadas. O produto final, porém, apresentava fragilidades de comunicação e precisão cartográfica da informação geológica. Isso motivou um tratamento apoiado na semiologia gráfica, com foco na comunicação monossêmica. No decurso do tempo, as cartas geológicas gradualmente ganharam um aprimoramento dos arranjos gráficos (signos) aplicados aos modos de implantação pontual, linear ou zonal, especialmente planejados para reduzir ambiguidades, ampliar a clareza das representações e alcançar maior eficácia da informação. Os progressos tecnológicos alcançaram a produção de cartas geológicas com o apoio de softwares e técnicas de geoprocessamento e vetorização de dados em ambiente SIG (Sistema de Informação Geográfica), cuja linguagem valorizou as relações de diversidade, ordem e proporcionalidade da informação geológica. Com isso, são ampliadas as qualidades estéticas, como harmonia e equilíbrio, e a funcionalidade da comunicação visual, preponderante para evitar a desinformação e a interpretação equivocada dos dados, além de eliminar ruídos entre a mensagem emitida nas cartas e a decodificada pelo leitor.

Palavras Chave

Cartas geológicas; Evolução; Semiologia Gráfica; Geoprocessamento.