Dados da Submissão

Título

CARACTERIZAÇÃO MINERAL DAS MICAS DOS GRANITOS PRECOCES, TARDIOS E FASES MINERALIZADAS DA SUÍTE INTRUSIVA SÃO LOURENÇO-CARIPUNAS (RO).

Texto do resumo

A Suíte Intrusiva São Lourenço-Caripunas (1,32 – 1,30 Ga) na região do distrito mineiro São Lourenço-Macisa aflora na porção NW da Província Estanífera de Rondônia (PER) e inclui granitos rapakivi e rochas associadas, as quais são reunidas em quatro unidades ígneas mapeadas na escala 1:25.000. A unidade A é composta por viborgitos e piterlitos com hornblenda e biotita, a unidade B por granitos pórfiros com hornblenda e/ou biotita, a unidade C por gabros, microgabros, hornblenda quartzo monzonitos e granitos pórfiros e a unidade D por biotita granitos seriados e equigranulares e granitos pórfiros II. Os litotipos das unidades A, B e C são interpretados como intrusões precoces, enquanto aqueles da unidade D como intrusões tardias e relacionadas espacial e temporalmente com os depósitos primários de estanho e metais associados. Um total de 37 análises em microssonda foram realizadas nas micas de granitos, greisens e veios de quartzo com topázio e cassiterita. As micas do viborgito têm composição da annita, enquanto as composições das micas dos biotita sienogranitos variam de siderofilita a Li-siderofilita. Nos greisens, quatro composições distintas podem ser diferenciadas: as Li-micas que ocorrem nos topázio-mica-quartzo greisens têm composições da Li-siderofilita e da Li-fengita, enquanto as micas dos mica-quartzo greisens têm composições da fengita e da muscovita. Adicionalmente, as micas dos veios de quartzo com topázio e cassiterita associados com os topázio-mica-quartzo greisens têm as mesmas composições das Li-micas desses greisens, ou seja, Li-siderofilita e Li-fengita. A mica do viborgito é a mais rica em ferro e sua relação como as micas do piterlito e dos granitos pórfiro não foi possível por falta de análises químicas devido ao grau de alteração dos cristais. Porém, uma variação composicional de siderofilita para Li-siderofilita ou mesmo dentro do campo da protolitionita ocorre nos sienogranitos, ou seja, uma tendência evolutiva das micas das fácies sem para as fácies com topázio. Já nos greisens, as Li-micas (Li-sideroflitas e Li-fengitas) dos topázio-mica-quartzo greisens e dos veios de quartzo com topázio e cassiterita, assim como as micas (fengita e muscovita) dos mica-quartzo greisens indicam a ocorrência de pelo menos dois estágios de greisenização e um de silicificação relacionados com a mineralização de estanho no distrito. As composições das micas indicam também a presença de pelo menos duas fácies de greisens em cada estágio e que o estágio representado pelos mica-quartzo greisen é posterior ao estágio de formação dos topázio-mica-quartzo greisens e veios de quartzo com topázio e cassiterita.

Palavras Chave

Química Mineral; Li-Siderofilita; Li-Fengita; Província Estanífera de Rondônia