51º Congresso Brasileiro de Geologia

Dados da Submissão


Título

Diversidade mineralógica observada em uma pedreira situada na lente de mármore do Grupo Italva Unidade de São Joaquim, Cachoeiro de Itapemirim -ES

Texto do resumo

O município de Cachoeiro de Itapemirim, é referência na extração e exportação do mármore ornamental devido a proveniência de uma grande lente de mármore pertencente do Grupo Italva, que se estende até a Vargem Alta. Estudos de mapeamento em superfície realizados em uma pedreira situada na localidade de Gironda, demonstram a diversidade de minerais silicáticos além dos carbonatos calcita e dolomita predominantes na região. As pedreiras instaladas na lente de mármore do grupo Italva são destinadas para fins de explotação de blocos de mármore ornamental e o rejeito proveniente desta lavra, os que não atende os padrões estéticos exigidos pelo mercado, é destinado para indústria química por meio da obtenção da pedra marroada. Assim, o aproveitamento do mármore na região é otimizado pela conjugação dessas duas atividades na área de Lavra. Dessa forma, o mapeamento da distribuição mineralógica na área de lavra dos mármores de Cachoeiro de Itapemirim é de extrema relevância no sentido de orientação do avanço das frentes de lavra da região. Os mármores da unidade São Joaquim, aflorantes em uma pedreira situada em Gironda apresentam-se bandados em campo, o bandamento observado se dá sobretudo pela alternância de cores que variam principalmente entre o branco e o cinza. As rochas carbonáticas acinzentadas são comumente de composição calcítica e a coloração cinza ocorre devido inclusões de minerais opacos prismáticos alongados submilimétricos. As porções enriquecidas em dolomita são comumente mais brancas de densidade mais elevada quando comparada às porções calcíticas. Os mármores dolomíticos apresentam texturas geralmente mais finas quando comparado as composições calciticas. No local de estudos os mármores são interceptados por soleiras ferromagnesianas que ora estão deformados conforme a foliação do mármore, ora apresentam-se boudinados.Dependendo da orientação da frente de lavra e a frequência dessa boudinagem surgem diferentes efeitos estéticos explorados pelo mercados de rochas ornamental designado pelo mercado local, como material ornamental panda devido as feições ligeiramente arredondadas de material ferromagnesiano em meio ao material carbonático. No contato entre o mármore e as soleiras ferromagnesianas surgem em meio aos minerais carbonáticos micas tipo flogopita, nesses locais o mármore assume uma estrutura bandada em amostras de mão e colorações amarronzadas designado no mercado ornamental como mármore chocolate amplamente explotado no passado, porém atualmente sem comércio para fins ornamentais. Além desses, localmente são observados na área mármore rosa constituído por calcita rosa e flogopita e mármore de coloração champanhe, composto por dolomita de granulação fina associada a discreta flogopita.Essas variações aparentemente também estão relacionadas aos contatos das intrusões ferromagnesianas, contudo, se faz necessário estudos mais detalhados em demais áreas da região para tal conclusão. É descrito na área uma espessa camada concordante com a foliação composta sobretudo por minerais silicáticos centimétricos como: tremolita-actinolita, e feldspato cálcico associada à calcita subordinada. A pedreira é cortado por uma falha transcorrente contendo minerais como serpentina reconhecida pelo hábito fibroso e coloração branca associada ao anfibólio ripforme,vítreo, branco caracterizado como antofilita.Os resultados por ora apresentados são preliminares, estudos de mapeamento nas áreas adjacentes estão em andamento,para reconhecimento.

Palavras Chave

minerais; Mármore; Grupo Italva

Área

TEMA 20 - Mineralogia e Petrologia Metamórfica

Autores/Proponentes

Ana Paula Meyer, Guilherme Caran dos santos, Daniel Vale, Juliano Tessinari Zagôto, Antonio Luiz Pinheiro