Dados da Submissão
Título
APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE THIESSEN À MONTANTE DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARAOPEBA
Texto do resumo
A bacia hidrográfica do rio Paraopeba integra a região do Alto Rio São Francisco e é responsável expressivamente pelo abastecimento da população da região metropolitana de Belo Horizonte e pela manutenção de atividades que movimentam a economia do estado de Minas Gerais. Devido à sua relevância, é de suma importância caracterizar detalhadamente a dinâmica dos aspectos físicos ocorridos ao longo do tempo. A bacia ocupa uma área aproximada de 12000 km², e é subdividida em três trechos: alto Paraopeba, desde a nascente do rio Paraopeba, médio Paraopeba, até a confluência com o rio Paraúna e baixo Paraopeba, terminando na foz no rio São Francisco. Geologicamente, ela está na porção meridional do Cráton do São Francisco, associando-se a três compartimentos: Embasamento Cristalino e Quadrilátero Ferrífero (alto-médio Paraopeba) e Bacia Intracratônica do São Francisco – Grupo Bambuí (baixo Paraopeba). A área de estudo engloba o alto e parte do médio Paraopeba, com uma área de aproximadamente 5700 km², e abarca desde o município de Cristiano Otoni, onde está a nascente do rio Paraopeba, até o município de Mateus Leme, atravessando a porção oeste da região metropolitana de Belo Horizonte. O objetivo do trabalho foi compreender a distribuição pluviométrica na área e determinar a precipitação média utilizando dados de séries históricas de oito estações pluviométricas, dispondo-se do método de Polígonos de Thiessen (1911) para definir as áreas de influência e calcular a precipitação média, determinando a estação mais representativa da área. Esse método foi empregado por meio do software Qgis, versão 3.32.0, e consiste em unir as estações adjacentes por linhas retas, traçar linhas perpendiculares a esses trechos retilíneos sobre a mediatriz da linha que liga as estações, e então alongar as linhas perpendiculares até encontrar outra mediatriz. Os polígonos se formam pela interseção das linhas das mediatrizes, correspondendo à área de influência de cada estação. Em seguida, calculou-se a área de cada polígono formado, e então, obteve-se a precipitação média por ano através do somatório do produto área de influência de cada estação pela precipitação na estação analisada, em mm, dividido pela área total de estudo. Com base nos cálculos citados, obteve-se, em ordem crescente, os seguintes valores de influência e precipitação média de cada estação: Itabirito Linígrafo (3,5% da área e 42,19 mm/ano); Carandaí (4,0% da área e 61,72 mm/ano); Resende Costa (5,4% da área e 80,90 mm/ano); Fazenda Campo Grande (7,5% da área e 110,76 mm/ano); Ponte Nova do Paraopeba (10,3% da área e 146,80 mm/ano); Conselheiro Lafaiete (14,0% da área e 189,72 mm/ano); Entre Rios de Minas (25,0% da área e 329,81 mm/ano) e Melo Franco (30,3% e 407,76 mm/ano). Com o somatório, tem-se que a região de estudo possui precipitação média de 1376,60 mm por ano, correspondendo a 96,87% da média regional de precipitação medida nas estações (1421,10 mm), com a estação mais representativa de Melo Franco, seguida por Entre Rios de Minas. Essa caracterização pelo Método de Thiessen permite compreender como se dá a distribuição pluviométrica na área e como ela vai ser distribuída nos diferentes tipos de aquíferos da região, variando a recarga em um mesmo tipo de aquífero com a distribuição espacial pluviométrica.
Palavras Chave
Polígonos de Thiessen; precipitação média; rio Paraopeba.
Área
TEMA 02 - Recursos Hídricos e Geociências Ambientais
Autores/Proponentes
Millena Menezes Marques, Rodrigo Sérgio de Paula, Paulo Henrique Ferreira Galvão, Wallace Maciel Pacheco Neto